domingo, 11 de julho de 2010

O trem do futuro

 Fala, povo nerd! Aqui estou mais uma vez para tentar divertir, advertir e informar. Hoje passei por uma experiência bem bacana: fiz minha primeira viagem de trem no Rio de Janeiro. Foi muito interessante, se vocês querem saber. Eu já tinha andado de metrô diversas vezes, mas de trem foi mesmo a primeira vez. Vocês não podem imaginar minha sensação quando estava na estação Central do Brasil tentando comprar meu bilhete e embarcar no trem da plataforma correta. Para começar, me senti meio perdido. Depois, me senti meio no livro do Harry Potter, tentando encontrar a plataforma 9½. Finalmente, me senti invadido pela emoção do novo. O trem urbano é completamente diferente do metrô. Enquanto no metrô você deve se basear pelo que a moça te indica, no trem convencional você deve estar sempre atento no espaço ao seu redor, tentando identificar paisagens conhecidas para não descer na estação errada. E foi exatamente isso o que aconteceu! Desci uma estação antes... x]

O trem que nunca para...

 No futuro, a coisa vai ser um pouco diferente... Pelo menos se o trem conceito criado pelos chineses sair do papel. Um dos principais problemas enfrentados pelos transportes públicos é o tempo gasto a cada parada. Afinal, em uma linha que possui 30 pontos, se o veículo fica parado 5 minutos em cada um, no final do dia haverá um período perdido de duas horas e meia que poderia ter sido utilizado no transporte de usuários. Os chineses, determinados a resolver esse problema de eficiência, elaboraram uma técnica que promete o embarque e o desembarque de passageiros em trens de alta velocidade sem que o veículo seja obrigado a parar. Dessa forma, resolve-se o problema das paradas e distâncias longas podem ser percorridas em menos tempo.


 O conceito funciona da seguinte maneira: ao entrar em uma estação, os passageiros embarcam em uma cabine conectora que se desloca em direção ao trem quando este se aproxima da estação. Assim que o contato é feito, abre-se a porta da cabine e os passageiros podem embarcar, sem que seja preciso que o trem diminua sua velocidade. O processo de desembarque é semelhante: assim que a cabine de embarque é esvaziada, ela se desloca até o final do trem e permite a entrada dos passageiros que desejam desembarcar – quando se aproxima da próxima estação, a cabine torna a se destacar e permite que as pessoas saiam.


 Assim, durante o trajeto, ao menos uma cabine sempre estará conectada ao trem, responsável tanto pelo embarque quando desembarque dos passageiros. Além de o transporte de passageiros ganhar velocidade, já que dispensa qualquer parada, ganha-se também em organização. Afinal, não é preciso ficar empurrando pessoas na hora de sair ou entrar no veículo, com medo de que ele vá partir antes que seja possível pegá-lo e descer dele. O tempo que a cabine fica na estação é muito maior do que o disponível em cada parada de um trem convencional, permitindo que os passageiros entrem e saiam de maneira organizada e segura. Por sorte, só precisei tomar um trem hoje, que é domingo. Mas não quero imaginar tentar embarcar e desembarcar do mesmo trem em um dia útil na hora do rush...

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