quinta-feira, 31 de março de 2011

Subestimar um nerd é voltar ao tempo do neandertal


 Sim, amigos! A frase apresentada no título deste post não é nada mais e nada menos do que o slogan do Nerdices a Parte. Depois de uma longa análise, decidimos que, por uma série de motivos, esta será a frase utilizada para representar nosso blog, o nosso slogan.

 Foi um trabalho difícil escolher nosso slogan. Recebemos diversas sugestões por e-mail, uma melhor do que a outra. No entanto, foi o nerd Victor Freitas o autor da melhor frase. Ele, por sinal, enviou não uma, mas exatamente seis sugestões por e-mail. Sendo assim, é ele o grande vencedor de nosso Cubo de Rubik personalizado. Parabéns, Victor!

 Estamos iniciando uma nova fase em nosso blog, uma fase muito importante para nós e, para isso, nada melhor do que um slogan criado por nossos leitores. Muito obrigado a todos os que participaram, parabéns ao nosso ganhador e, para aqueles que não ganharam, fiquem atentos pois, em breve, teremos novidades aqui no blog. Até lá, vida longa e próspera!

Crônica Nerd #2: A Maior Invenção de Todos os Tempos - Compêndio


 O mês de março foi marcado pelo aniversário do Nerdices a Parte e pela nossa segunda Crônica Nerd! Nesta crônica, tivemos a oportunidade de acompanhar um pouco da vida de Tux e seus amigos, três nerds de carteirinha, enquanto ele trabalhava em uma nova invenção. Mas... será que esta crônica terminou mesmo?

[Parte 1]
Conheça os personagens principais: Túlio, Marcele e Pablo.

[Parte 2]
As coisas esquentam para Túlio enquanto ele trabalha em sua nova invenção (literalmente).

[Parte 3]
Tux trabalha em sua invenção enquanto seus amigos se divertem, mas consegue, finalmente terminar.

[Parte 4]
Alguma coisa saiu errado com a invenção de Tux...


Música Nerd #29: Eminence Symphony Orchestra


 Terminando nosso mês de aniversário, fechando com chave de ouro, temos nossa última edição do Música Nerd especial música nerd. O conjunto escolhido para esta ocasião não poderia ser menos especial e nem menos nerd. Sendo assim, sem mais delongas, trazemos até vocês a: Eminence Symphony Orchestra.

Um pouco de história

 Fundada em 2003 em Sydney, na Austrália, por um grupo de amigos liderados pelo violinista virtuoso Yura Hiroaki, a Eminence Symphony Orchestra é uma orquestra sinfônica independente que tem seu repertório baseado em um tipo diferente de música. A maioria das orquestras tradicionais baseiam-se quase exclusivamente em música erudita, às vezes um pouco de música moderna ou contemporânea, mas a Eminence Symphony Orchestra não faz nada disso. Seu objetivo, segundo eles mesmos, é "injetar algo ousado, dinâmico e fresco na música clássica", é "quebrar as barreiras entre o público e os músicos, e reavivar a orquestra na sociedade de hoje, particularmente entre os jovens". Para isso, eles não poderiam ter um repertório baseado exclusivamente em música erudita.


Um pouco de música

 É exatamente por isso que a Eminence Symphony Orchestra tem seu repertório baseado, basicamente, em três diferentes tipos de música. O primeiro deles é a música de videogame, como a música "One Winged Angel", uma das favoritas dos fãs de Final Fantasy VII.



 O segundo tipo de música é tão nerd quanto o primeiro: música de animes, como a música "Thanatos", do anime Neon Genesis Evangelion.



 Por fim, temos, como terceiro tipo de música no qual eles são especializados, música de filmes. Nada melhor do que "Duel of the Fates", de Star Wars, para terminar nosso post.





Algumas curiosidades

  • Mesmo que a marca "Eminence" esteja associada com a orquestra, seus músicos também fazem alguns concertos em grupos menores, incluindo grupos de câmara. Nesses casos, eles utilizam o nome "Eminence Artists", ao invés do nome da orquestra.
  • Ao invés de só tocar temas já conhecidos, a orquestra também foi contratada para desenvolver músicas para novos jogos e filmes.
  • Conforme a notabilidade da orquestra foi crescendo e eles foram chamados para tocar em outros países, foi se tornando cada vez mais necessária a aquisição dos escritórios que hoje eles possuem nos Estados Unidos e no Japão. 

quarta-feira, 30 de março de 2011

Mitos Reais #5: Sereia




 Terminando o mês um pouco mais tarde que o previsto, hoje, quarta-feira, é dia de mais um Mitos Reais. Hoje, viajaremos até as profundezas dos oceanos para desvendar o mistério por trás destas estranhas criaturas: as sereias.


O mito

 Histórias de sereias vem sido contadas desde que o ser humano descobriu a água. Geralmente, as sereias são retratadas como seres humanos que, no lugar de suas pernas, possuem uma cauda semelhante à de um peixe ou de um golfinho. Ainda que existam controvérsias, esta é a aparência mais aceita e adotada nas lendas. Além disso, as sereias mitológicas possuem habilidades especiais, como a de respirar tanto dentro quanto fora d'água, e uma voz mística, capaz de encantar e enfeitiçar quem quer que ouvir seu canto. As sereias dos mitos podem viver tanto no oceano quanto em rios, ou até mesmo dentro de uma piscina ou banheira, se assim for necessário. Algumas lendas contam que, se uma sereia passar muito tempo longe da água, sua cauda vai gradativamente se transformar em um par de pernas humanas, mas a história mais aceita é a de que elas simplesmente morrerão se isso acontecer.

A realidade

 Na vida real, as sereias são bem menos fantasiosas do que na mitologia: são, de fato, criaturas humanóides que vivem no oceano, mas isso se deve ao fato de que elas são, na verdade, seres humanos atingidos por uma doença que modificou seu sistema respiratório e um de seus rins, conectando um ao outro e fazendo com que o organismo passasse a absorver oxigênio da água, filtrada pelo rim modificado. Além disso, as sereias da vida real desenvolveram uma fina membrana que liga cada um de seus dedos, tanto das mão, quanto dos pés, criando nadadeiras. Quanto à alimentação, esta continua sendo quase humana, com exceção de que é quase impossível cozinhar qualquer alimento debaixo d'água, obrigando-os a comer carne e plantas cruas. O estômago, no entanto, não se adapta com a doença, forçando uma lenta transformação, conforme a sereia se alimenta do que tem disponível no fundo do mar. Quando uma sereia morre, seu corpo é atacado por uma forte hemorragia interna, forçando quase todo o sangue a sair do corpo. Além disso, elas são particularmente sensíveis à luz solar, preferindo ficar nas profundezas do oceano.

A ciência

 A infecção de uma sereia se dá a partir de bactérias anaeróbias, que possuem grande facilidade em se multiplicar dentro de um organismo humano. São elas as responsáveis por modificarem o sistema respiratório das sereias, e isso se dá por uma questão de sobrevivência: elas morrem instantaneamente em contato com o ar. Quando chegam em sua nova casa, elas gostam do lugar e percebem que é lá que elas querem ficar. Para não correr o risco de que o humano saia da água, elas fazem com que ele tenha a necessidade de permanecer nela. Na verdade, ainda não se sabe exatamente como ocorre a infecção, mas acredita-se que estas bactérias sejam provenientes de algum tipo exótico de coral, ou mesmo de um raro tubarão ainda não descoberto. O que ocorre após isso são apenas consequências: quando as bactérias percebem que a sereia pode permanecer mais tempo viva se puder se locomover melhor na água, criam, aos poucos, membranas entre os dedos, utilizando células mortas capturadas em seu caminho para as unhas. Quando percebem que a sereia, mesmo sabendo que não pode respirar fora d'água, ainda tenta subir à superfície, criam uma forte sensibilidade à luz, especialmente a luz solar, forçando-a a ficar sempre submerso.

O esconderijo

 Aí vem a pergunta: mas então, por que as sereias ainda não foram descobertas e catalogadas oficialmente? Bom, isso se deve a uma série de fatos. O primeiro deles é a necessidade de ficar nas profundezas, nunca subindo o bastante para ser encontrado por seres humanos comuns. O segundo deles é a raridade: o organismo causador da infecção é tão raro que nem ele foi descoberto e catalogado, quanto menos a doença em si. O terceiro deles é o fato de que, quando a sereia morre, as bactérias, que residiam basicamente em seu sangue, saem para procurar um novo habitat, levando, consigo, grande parte do sangue da sereia. Oras, sangue na água é igual a tubarões, que atacam violentamente os corpos das sereias mortas, não deixando qualquer evidência. Finalmente, temos a superstição humana a serviço de tudo: quem iria acreditar se você voltasse para casa dizendo que viu uma pessoa te olhando debaixo d'água, sem ajuda de nenhum equipamento de mergulho?

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Este post faz parte da seção "Mitos Reais", que é uma seção de ficção. Qualquer semelhança com a vida real pode ou não ser mera coincidência.

domingo, 27 de março de 2011

Wiley versus Rhodes

 Esses dias, enquanto vagava pela internet, tive a oportunidade de rever um dos vídeos mais legais que já vi. É meio velhinho, mas, pra quem ainda não assitiu, vale a pena. Trata-se de uma paródia com um dos desenhos animados da Warner Bros. mais queridos por todos os fãs: o Papa-Léguas. Inclusive, o nome dos personagens do vídeo, Wiley e Rhodes, são paródias dos nomes dos personagens do desenho em inglês, Willy Coyote e Road Runner. Agora chega de papo e vamos assistir!




sábado, 26 de março de 2011

Promoção do Nerdices a Parte


 Chegamos ao fim de nossa primeira promoção. Muitos participaram, outros ficaram só olhando. Quem participou, participou. Quem não participou, perdeu!

 Calma, gente! Nem tudo está perdido! Afinal, esta foi só a primeira promoção do Nerdices a Parte! Em breve teremos várias novidades aqui no blog e, quem sabe, mais algumas promoções?

 Quanto à nossa primeira promoção, o primeiro ganhador já está definido. Seu nome é Eduardo Miranda e seu Twitter é @eduardomps. Deem os parabéns a ele, porque ele é o grande ganhador de nossa camiseta, como você pode conferir abaixo ou na URL do sorteie.me, clicando aqui.


 E quanto ao cubo? Quem ganhou? Muita calma nessa hora, galera! A partir de agora, as inscrições estão oficialmente encerradas, mas é necessário um pouco de tempo para que possamos apura-las e, enfim, decidir quem foi o ganhador e o criador do slogan que aparecerá na página inicial do Nerdices a Parte. Até lá, continue acompanhando o blog e, se ainda não o faz, siga-nos para ter certeza de que será avisado, de um jeito ou de outro, quando tivermos nosso ganhador.

 Mais uma vez: muito obrigado a todos os que participaram de nossa promoção e a todos vocês, que tem feito do Nerdices a Parte um blog melhor. Vida longa e próspera!


sexta-feira, 25 de março de 2011

Um ano de Nerdices a Parte!


 Um ano se passou desde que comecei a escrever a primeira linha aqui neste blog. Ainda me lembro muito bem: depois de visitar os blogs de dois amigos meus, o Cozinha Doidona e o MMX's BOX, tive vontade de fazer algo semelhante, de falar um pouco da minha vida e das coisas de que gosto na internet, expor minhas opiniões, ser visto e lido por meus amigos, pela minha família, e até por pessoas que nunca vi na vida.

 Logo de início, no entanto, veio a parte difícil: escolher um nome para este blog. Não poderia ser qualquer coisa, eu sabia, já que era neste blog que eu ia colocar as minhas impressões, as minhas vontades, a minha vida... No começo, tentei encontrar algum nome interessante relacionado a música, mas logo vi que ia acabar caindo em algum clichê e, além do mais, eu sabia que não ia querer falar só de música. Foi então que comecei a pensar nas coisas de que gosto e das quais eu gostaria de escrever. Fascinado, descobri que, afinal de contas, nerd é nerd, e a maior parte das coisas nas quais pensei eram coisas de nerd. Assim surgiu o nome "Nerdices a Parte".

 No começo, era tudo muito simples. Eu mal sabia o significado da palavra "blogar". Eu vinha até o blog, escrevia alguma coisa que achava interessante, publicava, atualizava meu status no orkut com o link para o novo post, e esperava que meus amigos viessem comentar. Então, comecei a procurar por outras pessoas que fizessem a mesma coisa que eu, isso é, por outros blogueiros. Não demorou muito para a área ali na lateral esquerda do blog começar a encher, o campo entitulado "Parceiros", especialmente porque, depois de um tempo, foram eles que começaram a me procurar.

 Na verdade, essa é uma das partes mais gostosas em blogar: ser reconhecido pelo seu trabalho. Ou, ainda: ser reconhecido pelo seu trabalho por outras pessoas do seu meio. É semelhante àquele violinista procurado por outros violinistas para dar aulas, ou, ainda, àquele confeiteiro procurado por outros confeiteiros para que possam trocar conhecimentos e receitas. É semelhante ao apresentador de tv convidado a falar no programa de um outro apresentador, ou, ainda, ao entrevistador que, de repente, recebe um pedido para ser entrevistado. É algo muito agradável e temo que só quem já passou por algo assim pode saber quão boa é a sensação.

 Mas é claro que blogar não é só isso. Blogar não é só sentar na frente de um computador de vez em quando, escrever alguma bobagem, e deixar passar. Blogar, especialmente pra mim, foi se tornando difícil, como um jogo com várias etapas, e eu sabia que o mestre daquela área estava se aproximando. Com o tempo, blogar acabou se tornando um entretenimento e uma profissão, um jogo e um trabalho, uma diversão e uma obrigação, tudo ao mesmo tempo. O blog foi crescendo, as visitas aumentando, e o número de posts também, e eu sabia que não podia deixar meus seguidores na mão.

 Confesso que, algumas vezes, pensei em parar, desistir de tudo, deixar o nome "Nerdices a Parte", como tantos outros nomes na blogosfera, apodrecer. Aliás, essa é uma característica muito peculiar dos blogs: todos os dias eles recebem uma nova chance de morrer e de renascer. Já vi muitos blogs, inclusive entre meus amigos e parceiros, que se deitaram só para reviver um tempo depois. Já tive a triste sensação de ver um blog muito bom, e do qual eu gostava muito, simplesmente ficar parado e esquecido no tempo. Era exatamente essa sensação que me impelia a continuar. Ora, se eu não gostava de ver isso acontecendo com os outros, por que, raios, acharia que ia ser bom ver isso acontecendo com o meu próprio blog?

 Mas eu nunca acreditei que ia ser bom. Não de verdade. O blog me ocupa uma boa parte do meu tempo, mas eu faço isso porque gosto. Comecei a criar seções semanais, que me davam o que escrever, mas também me obrigavam a procurar novos assuntos sobre aquele mesmo tema, todas as semanas, e fazia isso porque gostava. Hoje, o blog já conta com seis seções semanais, sendo uma delas redigida pela minha noiva.

 E quem disse que eu pretendo parar? Um blog é uma coisa viva e não deve morrer, mas apenas crescer, se desenvolver e evoluir. Talvez o blog mude um pouco, mas, ora bolas, experimente abrir um artigo do ano passado para ver as diferenças. Posso dizer que este blog no qual escrevo hoje já não é mais aquele blog que comecei a escrever no ano passado. Ele não mudou de nome, não mudou de endereço, de domínio sim, mas continua sendo o mesmo blog. O que mudou, então? Simples: ele cresceu, se desenvolveu e evoluiu, junto comigo. É isto que me compele a continuar e nunca parar: o fascínio de ver uma parte de mim por trás desta tela dura de cristal líquido, se desenvolvendo junto comigo, crescendo junto comigo, evoluindo junto comigo, mudando junto comigo.

 É claro que, se todo o trabalho dependesse só de mim, o blog não teria chegado aonde chegou, e só Deus sabe aonde ele vai chegar. É por isso que eu venho aqui deixar minha gratidão a você, leitor, que acredita no "Nerdices a Parte", que o segue, e que está aqui não porque foi forçado, não porque o blog é seu, não porque não sabe o que vai acontecer se de repente o blog morrer, mas porque, assim como eu, gosta.

 Vida longa e próspera!


Crônica Nerd #2: A Maior Invenção de Todos os Tempos - Parte 4/4


[Leia a Parte 3]

 Túlio estava animado. Quando eles chegassem lá e vissem sua nova invenção, com certeza ficariam extremamente surpresos. Afinal, ninguém jamais poderia ter pensado em algo assim. Ou talvez tivesse, mas só nunca colocou em prática. Com certeza seus amigos viriam correndo para descobrir do que se tratava tudo aquilo.

 Finalmente, depois de um tempo que pareceu uma eternidade, eles chegaram. No entanto, além de terem demorado, eles não pareciam loucos de vontade de descobrir o que era a invenção: ao contrário, discutiam sobre alguma coisa, que Túlio demorou a entender, devido ao bate-boca.

 "Eu tenho certeza, Pablo! Eu estava com ele depois que nós saímos da sua casa!" dizia Marcele.

 "Mas então você deve ter deixado cair. Não devia estar bem preso, então ele acabou soltando" respondeu Pablo.

 "Mas nós fizemos todo o caminho de volta pra sua casa e não achamos! Onde é que ele pode estar?" retrucava Marcele.

 "É realmente estranho, mas já está escurecendo mesmo. Acho que você perdeu. De qualquer forma, o que tinha de tão importante naquele colar?" perguntou Pablo.

 "Simplesmente era um colar original do Chrono Trigger, feito a mão e supervisionado pelo próprio Sakaguchi Hironobu, feito para ser exatamente igual ao da princesa Nadia" disse Marcele, irritada.

 "Pensei que você fosse otaku" replicou Pablo, desdenhoso.

 "Mas que coisa! Otakus não gostam só de animes e mangás, mas de toda a cultura japonesa" gritou Marcele, e acrescentou, em seguida, mais calma: "Além disso, todo o mundo sabe que o jogo foi desenhado pelo Toriyama Akira".

 Nesse meio tempo, Túlio estava se segurando para não soltar uma exclamação. Primeiramente, ficou confuso com a discussão dos amigos, sentindo uma enorme gota d'água se formar no topo de sua cabeça. Em seguida, quando descobriu do que se tratava, sentiu uma ruga enorme de raiva se formar em sua testa. Ao perceber que os amigos continuavam discutindo, não aguentou e gritou:

 "Vocês querem parar com isso?" gritou ele, e os amigos se calaram. "Olha, gente, depois a gente descobre o que aconteceu com o bendito colar da Maru-chan, ok? Agora, a gente vai falar sobre a minha invenção".

 Ele esperou para ver se a discussão recomeçaria, mas os dois amigos pareciam realmente interessados no que ele estava falando, então ele acendeu as luzes e continuou:

 "Segundo as teorias de Albert Einstein e John Wheeler, tudo o que existe no universo é composto de algo infinitesimalmente pequeno, chamado de espuma quântica. A espuma quântica seria, supostamente, a fundação do tecido do universo, mas este termo também pode ser utilizado para descrever qualitativamente as turbulências do espaço-tempo subatômico" começou a dizer Túlio.

 "Adoro quanto o Tux decora a Wikipédia" sussurrou Marcele, ao que Pablo concordou, com um aceno de cabeça.

 "No entanto, meus amigos, o que nenhum destes grandes gênios jamais concebeu é que, talvez, e apenas talvez, fosse possível manipular esta espuma quântica" disse Túlio.

 Houve um silêncio tenebroso logo após desta frase. Marcele pensou em um anime onde o vilão acabava de contar seus planos malignos. Pablo pensou em um jogo onde era preciso derrotar o Frankenstein. Túlio pensou que seus amigos eram idiotas por não falarem nada quando tiveram a oportunidade.

 "Hoje, meus amigos, eu os trouxe até aqui para lhes apresentar minha nova invenção, a qual eu chamo de: Raio Temporal" concluiu Túlio, apontando para uma máquina recém-construída posicionada em um dos cantos da garagem, que parecia uma grande arma laser acoplada a uma central de informática.

 "Então... o que isso faz?" perguntou Pablo.

 "Isso, meu caro amigo" emendou Túlio, aproveitando a deixa que esperava "se meus cálculos estiverem corretos, é uma poderosa ferramenta capaz de manipular o tempo em volta de um ser, tornando-o mais jovem ou mais velho".

 "E se os seus cálculos estiverem errados?" perguntou Marcele, hesitante.

 "Bom, acho que ainda serve pra fazer bacon" respondeu Túlio, ao que se seguiu uma gostosa risada entoada pelos três.

 "Então, vamos ligar?" perguntou Pablo, agora verdadeiramente anioso.

 "Muita calma nessa hora. Não sabemos o que pode acontecer se algo sair errado. Por acaso eu consegui surrupiar uma cobaia de um dos laboratórios da faculdade" dizia Túlio, enquanto pegava uma pequena gaiola em um canto da garagem. Dentro da gaiola havia um pequeno ratinho branco, que brincava, feliz, com algo que tinha acabado de encontrar. Mal sabia ele que havia uma mão imensa prestes a pega-lo e coloca-lo na mira de um raio mortal, mas foi exatamente o que aconteceu.

 "Agora, saiam de perto que eu vou ligar" disse Túlio, logo depois de colocar a cobaia na mira de seu Raio Temporal.

 O que aconteceu em seguida poderia ter passado despercebido por um observador desatento, que ia logo atribuir o fato a alguma obra do maligno ou qualquer outra coisa sobrenatural: Túlio acionou o interruptor para ativar o equipamento, o ratinho foi atingido por um raio que saía exatamente da ponta do instrumento que parecia uma arma laser, Túlio gritou que estava funcionando, vendo que o ratinho começava a encolher, Marcele gritou alguma coisa parecida com "Vejam! É o meu colar!", os dois garotos olharam para o ratinho, que ainda brincava alegremente com o colar perdido de Marcele e, então, subitamente, o raio se ampliou, envolveu os três seres humanos que estavam na garagem, e tudo desapareceu, deixando apenas as outras invenções de Túlio e os carros de seus pais na garagem.

[Leia "A Maior Viagem de Todos os Tempos", a sequência desta crônica]


quinta-feira, 24 de março de 2011

Música Nerd #28: Pixelh8


 Fala, galera nerd! Hoje é o última dia para participar de nossa promoção! Se você ainda não participou, esta pode ser sua última chance! Clique aqui e participe agora mesmo! Depois, clique em "Voltar" para curtir mais este Música Nerd especial música nerd. Hoje, o escolhido não é ninguém menos que: Pixelh8.

Um pouco de história

 Matthew Carl Applegate é um músico britânico, nascido em Ipswich, que começou sua carreira publicando músicas em sua página do MySpace. No ano de 2006, foi descoberto pelo mundo graças a uma competição para abrir uma turnê da cantora Imogen Heap. Desde então, tem se destacado bastante no universo musical, especialmente no meio nerd, com suas composições e performances. Pixelh8, como gosta de ser chamado, toca os mais variados instrumentos, tais como: Game Boy, Nintendinho, Commodore 64 e ZX Spectrum.


Um pouco de música

 Pra quem ainda não sacou, nós dizemos: Pixelh8 é um músico do ramo da Chip Music, que é a música criada a partir dos chips de áudio de videogames antigos ou de sintetizadores que simulam estes sons. Uma de suas criações, "Micro Buskin", pode ser conferida abaixo, onde pode-se ver que ele, de fato, utiliza um Game Boy Advance como um sintetizador de sons.



 Nesta outra música, "Walking Home from School Together", Matthew tenta expressar um pouco dos perigos envolvidos em voltar pra casa da escola. O vídeo, por sinal, começa com uma referência a Star Wars.



 Já esta última música, "We Can All See Rainbows", que pode ser traduzido como "Todos Nós Podemos ver Arco-Íris", não possui muito entrosamento entre o título da música e o vídeo criado para ilustra-la. Ainda assim, é um trabalho interessante de Pixelh8.



Algumas curiosidades

  • Matthew é conhecido por ter desenvolvido os softwares "Music Tech", para Game Boy, e "Pro Performer", para Game Boy Advance e DS, que transformam os portáteis em sintetizadores.
  • Desde sua descoberta, Pixelh8 tornou-se cada vez mais notável no mundo da música, tendo aberto o festival Nerdapalooza de 2007, tocado três vezes para a BBC, e uma vez no próprio escritório do iTunes.
  • Ao contrário do que muitos podem pensar, "Pixelh8" se lê "pixel hate", que significa algo como "ódio pelos pixels".

quarta-feira, 23 de março de 2011

Mitos Reais #4: Assombração



 Terminando o primeiro mês de Mitos Reais, hoje vamos falar sobre uma das criaturas mais conhecidas em todo o mundo e uma das mais citadas em todas as histórias de terror, uma criatura tão controversa que já gerou estudos reais sobre os fenômenos que causa. Estamos falando, é claro, das: assombrações.


O mito

 Assombração, fantasma, espírito... Existem, provavelmente, tantas denominações para esta criatura quanto existem lendas sobre ela. Geralmente, uma assombração é retratada como o espírito de uma pessoa morta que, por algum motivo, não foi nem pro céu e nem pro inferno, mas ficou vagando na terra, podendo ter habilidades como a capacidade de flutuar, de atravessar paredes, de mudar sua forma e até de ficar invisível. Algumas lendas dizem que as assombrações são invisíveis ao olho humano, podendo ser captadas apenas através de aparelhos eletrônicos. Outras dizem que as assombrações só aparecem em lugares extremamente escuros. Para os espíritas, os espíritos dos mortos só podem ser vistos, ouvidos e sentidos por aqueles humanos que possuem este dom. No entanto, a maioria das lendas concorda em uma coisa: as assombrações estão na terra para assombrar e assustar as pessoas.

A realidade

 Esqueça tudo o que você já ouviu sobre fantasmas: as assombrações da vida real não tem nada de fantasmagóricas. Na verdade, uma assombração não passa de uma pessoa normal que foi afetada por uma doença que a fez ficar extremamente pálida, chegando a parecer fluorescente, em alguns casos, e, agora, ela passa tudo o que lhe resta de vida assombrando lugares e pessoas, fazendo barulhos estranhos, arrastando móveis, entre outras coisas. Sendo assim, uma assombração da vida real não tem qualquer problema em atravessar linhas de sal, mas morrerá se levar um tiro no peito ou na cabeça, por exemplo. É claro que o instinto de sobrevivência ainda falará mais alto em situações de risco, utilizando a inteligência humana que ainda lhe resta para detectar ameaças e dar no pé assim que possível.

A ciência

 Como dito anteriormente, uma assombração é apenas uma pessoa comum atingida por uma doença que a faz pensar quase como um fantasma da ficção. Trata-se de um vírus terrível que ataca o cérebro do doente, fazendo com que ele comece a gemer e arrastar móveis, devido a uma agonia terrível que se instala em sua cabeça. Uma assombração não assusta seres humanos porque gosta: é só uma consequência de seu comportamento. O vírus, também, provoca uma espécie de porfiria cutânea na pessoa, fazendo com que ela fique extremamente pálida e tema a luz do sol, que lhe causa queimaduras. Em casos extremos, a pele da pessoa infectada pode começar a se dissolver e tornar-se fluorescente, já que o vírus, em sua passagem pelo organismo, produz quantidades limitadas de gás neón. Uma assombração vive em constante estado de desespero, visto que não consegue sentir nada além de dor. Em situações de perigo, no entanto, a inteligência humana ainda servirá como um instinto de sobrevivência. Uma assombração costuma ter vida curta, já que ela não consegue comer, beber e nem dormir. O vírus que provoca todos estes sintomas no doente, no entanto, é altamente dependente de suas funções vitais, morrendo quase imediatamente após a morte do doente. Ainda não se sabe, ao certo, como o vírus é transmitido, mas acredita-se que ele seja nativo de uma espécie rara de mosquito, ainda não catalogada.

O esconderijo

 Agora que já sabemos como são as assombrações da vida real, temos duas perguntas a serem respondidas: como ninguém descobre como elas realmente são e por que os mitos de fantasmas continuam? A primeira pergunta pode ser respondida baseando-se em alguns fatos: a aparência da pessoa afetada pela doença continua quase a mesma, o vírus, depois de morrer, não deixa nenhum rastro, e as pessoas que já conheciam o doente antes da infecção podem considerar que ele simplesmente ficou louco. Assim fica fácil responder a segunda pergunta: se não há provas de que as assombrações reais são pessoas doentes, como provar que todos aqueles barulhos estranhos que você ouviu ou aquela gravação fantasmagórica que você fez não se tratava de nada além de uma pessoa normal, apenas louca? Ou ainda: quem acreditará quando você disser que matou um fantasma? Mais uma vez, a superstição e a falta de provas incentivam a mente humana. E a doença continua correndo solta por aí, só Deus sabe como.

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Este post faz parte da seção "Mitos Reais", que é uma seção de ficção. Qualquer semelhança com a vida real pode ou não ser mera coincidência.

segunda-feira, 21 de março de 2011

Cubo de Rubik do Nerdices a Parte

 É isso mesmo, galera nerd! Finalmente ficou pronto o nosso Cubo de Rubik, que irá diretamente para a casa do ganhador de nossa promoção. Eu achei que ficou bem bacana. Dê uma olhada você também e diga o que achou! E lembre-se: você só tem até sexta-feira para criar um slogan para o Nerdices a Parte e participar da promoção! Se ainda não participou, corra que ainda dá tempo! Confira, agora, as imagens do cubo que pode ser seu (clique em "Leia Mais", se não conseguir visualizar).

sexta-feira, 18 de março de 2011

Parabéns, Creeper!

 Ontem foi um dia muito especial para todos nós, usuários de computadores. Aconteceu que, exatamente 40 anos atrás (hoje 40 anos e 1 dia), nasceu uma pessoa muito importante para o mundo da informática. Bom, não exatamente uma pessoa: seu nome era "Creeper" e ele foi o primeiro vírus de computador do mundo!


 Criado por Bob Thomas, Creeper, na verdade, não era nem chamado de vírus na época de sua criação. Herdando o nome de um personagem monstruoso do desenho animado Scooby Doo, Creeper aparecia na tela, dizia: "I'm the creeper, catch me if you can!" (algo como "Eu sou o arrepiante, agarre-me se puder!"), e começava a bagunçar as impressoras conectadas. Um fato interessante é que, ao contrário da maioria dos vírus de hoje em dia, quando o Creeper se atualizava, ele apagava sua versão antiga. Consequentemente, 2011 é, também, o quadragésimo aniversário do primeiro software antivírus do mundo, que foi chamado de "Reaper", algo como "Ceifador".



Crônica Nerd #2: A Maior Invenção de Todos os Tempos - Parte 3/4


[Leia a Parte 2]

 Enfim chegou o sábado, dia em que nenhum dos três trabalhava ou tinha qualquer atividade acadêmica. E, tendo já passado pela semana de provas, eles tinham o dia inteiro livre para fazer o que quisessem.

 "Passa lá em casa" disse Pablo, na noite anterior, quando eles estavam saindo da faculdade.

 "Pô, é que eu já to quase terminando meu novo projeto" explicou Túlio.

 "Bom, se o Tux já tá quase terminando, então isso quer dizer que a gente já está prestes a saber o que exatamente ele está aprontando" disse Marcele.

 "Ah, mas é que eu consegui todos os instrumentos do Rock Band III emprestados. Vocês sabem como eu queria esse jogo" replicou Pablo.

 "Sabemos, senhor músico" zombou Marcele. "Vamos fazer assim, então: já que o Tux não quer ir, nós dois vamos e nos divertimos sozinhos".

 Túlio pensou que deveria ser assim que uma garota fazia quando tentava provocar "ciuminho" em alguém. Ora, até dois dias atrás, ele nem ao menos sabia o que era o amor e, ainda agora, achava que as sensações que tivera haviam sido provocadas unicamente pelo ferro de solda. Marcele, desde então, não demonstrou qualquer interesse afetivo pelo rapaz, o que só serviu para aumentar suas dúvidas.

 Enquanto pensava nisso, ia trabalhando, na garagem de sua casa, na parte do projeto que tinha levado do trabalho para lá. Ele quase podia ver Pablo e Marcele se divertindo com o Rock Band, quando, de repente, ela tropeçava em algum fio e caía nos braços de Pablo, exatamente como a Mulher Gavião faria com o Lanterna Verde. Rapidamente começou a pensar em alguma coisa amarela que pudesse usar contra Pablo.

 Enquanto isso, Pablo e Marcele estavam mesmo se divertindo jogando Rock Band. A garota tinha optado pela guitarra Fender, enquanto Pablo tocava no teclado. No canto da sala, esperando um terceiro jogador, havia uma bateria equipada, inclusive, com pratos. Eles tinham passado a tarde inteira jogando, e já estavam escolhendo a próxima música quando o telefone da casa de Pablo tocou.

 "Alô?" disse Pablo, atendendo ao telefone.

 "Terminei" disse a voz de Túlio, do outro lado da linha, desligando em seguida.

[Leia a Parte 4]

quinta-feira, 17 de março de 2011

Música Nerd #27: Harry and the Potters


 E hoje tem mais música nerd aqui no Música Nerd! Comemorando nosso mês de aniversário (já participou de nossa promoção?), estamos mais uma vez com o Música Nerd temático e, dessa vez, o tema é música nerd! Depois de toda essa confusão, nada melhor do que partir direto para o artigo, certo? Então, com vocês: Harry and the Potters.

Um pouco de história

 Harry and the Potters é uma banda de rock alternativo estadunidense. As origens da banda se mostram bem inusitadas: tudo começou quando Paul DeGeorge, então estudante de engenharia química na universidade de Cambridge, no Massachusetts, e que participava da banda The Secrets, junto com seu irmão mais novo, Joe DeGeorge, então estudante do ensino médio na Norwood High School, e que participava da banda Ed and the Refridgerators, imaginaram uma banda formada por Harry Potter, no vocal, Rony Weasley, na guitarra, Hermione Granger, no baixo, e Rúbeo Hagrid, na bateria. Pouco tempo depois, Joe começou a anunciar um concerto onde sua e outras bandas se apresentariam, a tomar lugar no quintal dos fundos da casa da família DeGeorge. O mais impressionante deste acontecimento é que o público apareceu, mas as bandas não. Para tentar salvar o concerto, no decorrer de uma hora, Paul e Joe escreveram sete músicas baseadas no universo de Harry Potter, enquanto esperavam que alguma banda aparecesse. No final desta hora, eles se apresentaram para as pessoas que permaneceram no local. O sucesso foi absoluto e, em pouco tempo, eles começaram a ganhar renome. Depois disso, começaram a recrutar instrumentistas para ajuda-los na banda, mas nenhum deles acabou ficando um longo tempo. Hoje, a banda conta, de novo, com Paul DeGeorge (saxofone barítono, bateria, guitarra, escaleta, ukulele e vocal) e Joe DeGeorge (bateria, metalofone, teclado, flauta de êmbolo, saxofone tenor, eterofone e vocal).


Um pouco de música

 Nota-se logo de cara que esta não é uma banda de rock alternativo comum: Harry and the Potters foram os precursores e, segundo alguns, os criadores do gênero Wizard Rock, caracterizado pelas letras que falam exclusivamente do universo de Harry Potter e um pouco de descaso com características como a métrica da música. A canção abaixo, por exemplo, entitulada "Fred and George", fala, obviamente, dos gêmeos Weasley.



 Já  esta música, "Dumbledore's Army", fala um pouco sobre a sociedade secreta criada por Harry em Hogwarts, a Armada de Dumbledore.



 Esta última música, com um caráter mais humorístico, fala de como é necessário salvar Gina Weasley, "Save Ginny Weasley".



Algumas curiosidades

  • Harry and the Potters é uma banda que já nasceu para o estrelato. A primeira apresentação da banda como Harry and the Potters, no quintal dos fundos da família DeGeorge, contou com um público de, aproximadamente, seis pessoas.
  • Em contrapartida, esta é uma banda tão volátil quanto a própria Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, tendo contado com, aproximadamente, vinte e um membro temporários no decorrer de sua carreira.

quarta-feira, 16 de março de 2011

Mitos Reais #3: Lobisomem




 Estamos de volta com mais um dos nossos Mitos Reais, a seção mais intrigante, revoltante e polêmica do seu blog preferido. Hoje, vamos nos embrenhar nas matas e florestas atrás de uma criatura relativamente controversa. Com vocês: os lobisomens.


O mito

 Chamamos os lobisomens de criaturas relativamente controversas por um motivo: as lendas que giram em torno destas criaturas são das mais variadas. Em sua maioria, as lendas dizem que, nas noites de lua cheia, um homem comum se transforma em uma criatura horrenda, com o rosto de um lobo e o corpo de um homem, com o corpo coberto de pelos e garras nas mãos e nos pés. Algumas lendas, no entanto, dizem que os lobisomens podem se transformar livremente de homem pra lobo, vice-versa, e em qualquer forma intermediária, na hora em que quiserem. Algumas lendas contam esta mesma história, mas acrescentam com o fato de que a transformação se torna involuntária em noites de lua cheia. Algumas lendas limitam esta transformação, fazendo com que o homem possa apenas se transformar em lobo e vice-versa, algumas vezes tomando tamanhos descomunais enquanto em forma animal. Quanto ao controle que exercem em si mesmos, grande parte das lendas dizem que, enquanto homens, eles possuem o mesmo autocontrole que um humano comum, mas que, quando se transformam, perdem completamente o controle de suas ações, pensando apenas em matar. Algumas outras lendas, no entanto, dizem que eles ainda possuem tanto autocontrole quanto em forma humana. A maioria das lendas concorda que a prata é fatal a um lobisomem, mas algumas dizem que eles são completamente invulneráveis. Já quanto à infecção, as lendas parecem dividir-se entre aquelas em que um humano se transforma em lobisomem depois de ser mordido por um lobisomem e aquelas em que só se torna lobisomem o filho de um lobisomem. É possível que existam tantas concepções de lobisomens quanto existem seres humanos no mundo.

A realidade

 O lobisomem da vida real não pode se transformar livremente. Na verdade, ele simplesmente não pode se transformar. Um lobisomem é um ser humano comum que foi atingido por uma doença que fez com que seus pelos crescessem descontroladamente, seus dentes se afiassem e se desfigurassem, e seu cérebro fosse acometido por uma fome carnívora incontrolável, fazendo com que ele perdesse completamente a razão e se transformasse quase em um animal. Além disso, o lobisomem da vida real é tão vulnerável quanto um ser humano comum, podendo morrer exatamente das mesmas maneiras que um ser humano. Depois de algum tempo no estado de lobisomem, as unhas, acostumadas à vida nas florestas, acabam se transformando em garras, e ele acaba adquirindo grande maestria na arte de escalar árvores. Além disso, um lobisomem morto parece ter uma decomposição bem mais acelerada do que a de um humano comum.

A ciência

 Para que um ser humano comece a dolorosa transformação em lobisomem, ele precisa, primeiro, ser mordido por um lobisomem. É claro que, para que a transformação seja completa, o humano precisa sobreviver ao ataque. A mordida de um lobisomem é altamente infecciosa e contaminada de bactérias anaeróbias, que atacam, primeiro, o cérebro do humano, fazendo com que ele sinta um instinto selvagem e corra para alguma floresta, onde passará a viver a partir de então. Depois, as bactérias começam a ataca-lo com uma espécie de porfiria cutânea, que faz com que os pelos de seu corpo cresçam assustadoramente, dando a ele a aparência de um animal, e dando-lhe uma pequena sensibilidade à luz, especialmente luz solar, fazendo com que ele se torne um animal noturno. Os dentes se desenvolvem naturalmente depois de algum tempo caçando e matando outros animais e, se eles tiverem a sorte de cruzar seu caminho, até mesmo humanos, bem como as unhas. Quando um lobisomem morre, as bactérias sentem a energia vital de seu hospedeiro diminuindo e, em busca da sobrevivência, acabam acelerando o processo de decomposição, alimentando-se elas mesmas dos restos mortais do hospedeiro.

O esconderijo

 Se hoje já não se encontram mais lobisomens como na época da Inquisição, isso se deve a dois bons motivos: raridade e aparência. Se no passado a população de lobisomens no mundo era grande a ponto de assustar povoados próximos a florestas, hoje este número caiu assustadoramente, deixando apenas alguns poucos exemplares para continuar a infestação. Além disso, um lobisomem comum possui a aparência de um animal selvagem. Soma-se a isso o fato de que eles só saem de suas tocas à noite, quando a visão do humano comum é prejudicada, e ganha-se a impressão de que se trata apenas de um lobo deformado ou um urso. É claro, poucos foram os humanos que sobreviveram depois de obter contato visual com um lobisomem de verdade. Sem provas, não há crime. Sem testemunhas, não há lobisomens. É exatamente o que eles querem que acreditemos...

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Este post faz parte da seção "Mitos Reais", que é uma seção de ficção. Qualquer semelhança com a vida real pode ou não ser mera coincidência.

segunda-feira, 14 de março de 2011

Feliz Dia do Pi!

 Pra quem não sabe, hoje, dia 3 de março, é comemorado o dia do Pi! Isso mesmo: o dia do π!


 Isso devido ao fato de que o pi é comumente aproximado por "3,14", ou seja, 14 de março, se seguirmos a ordem estadunidense "3/14". Além disso, às 1:59 da tarde de hoje foi comemorado o minuto do pi, já que π também é aproximado por "3,14159". Não sendo ainda o bastante, às 1:59:26 foi comemorado o segundo do pi, já que o π também é aproximado por "3,1415926" (se bem que tem gente que diz que o segundo do pi foi no dia 3 de março de 1592, às 6:53:58, porque π também é aproximado por "3,14159265358").


 Como o pi representa a proporção numérica originada da relação entre as grandezas do perímetro e o diâmetro de uma circunferência, a ordem é comer coisas redondas neste dia. Além disso, a palavra "pi" é semelhante à palavra "pie", "torta" em inglês.


 Além da torta, tem gente que resolve fazer suas "homenagens" ao pi de uma maneira diferente. Eu, por exemplo, voltei às atividades acadêmicas hoje. Este cara, por exemplo, fez uma música utilizando os 31 primeiros dígitos do pi, transformando, para isso, cada número em uma nota (1 = do, 2 = re, 3 = mi, assim por diante). O resultado foi bem interessante. Veja:



 E você? Como comemorou ou pretende comemorar o dia do pi? Não deixe de comentar, contribuindo, assim, para um post ainda melhor!


sábado, 12 de março de 2011

Trilogias e mais trilogias: 2011 é o "Ano do 3"

Enviado por Gabriel Soto Bello em 03/03/11 - 13:55
Fonte: Baixaki Jogos

 A indústria dos games vive nos surpreendendo. Não é raro encontrar novos jogos que surgem simplesmente do nada e causam um estrago memorável — no bom sentido, é claro. Quer alguns exemplos? O próprio Dead Space, da Electronic Arts, chegou sem muito alarde, mas ficou eternamente marcado como um dos grandes survival horrors da sétima geração. Até mesmo títulos independentes, como Braid e Limbo, conseguem chegar discretamente como Solid Snake e acabam se tornando nomes tão importantes quanto aquele tal de Mario.

  De fato, é bacana ser surpreendido por novas propriedades intelectuais, as quais mostram que o universo do entretenimento eletrônico ainda tem muito gás para queimar. O que não é nada bacana, contudo, é ver um de seus jogos favoritos sendo esquecido no limbo, com o perdão do trocadilho.

  Quantas vezes você não jogou, curtiu e se apaixonou por um game e, ao finalizá-lo, pensou: “Esse jogo precisa de uma sequência!”. Isso é muito comum. Felizmente, muitas desenvolvedoras acabam recebendo a deliciosa tarefa de preparar sequências de seus melhores jogos para que as distribuidoras consigam suprir os desejos de seus consumidores.

  Mas além de satisfazer os fãs, as distribuidoras também enchem seus próprios jogos. Se pararmos para observar, notaremos que são as sequências que quebram os grandes recores de vendas. Exemplos? Modern Warfare 2, Grand Theft Auto IV e Halo 3 já dão conta do recado. Quando uma franquia se estabelece por sua qualidade, cria-se uma enorme demanda, e é justamente para isso que as sequências estão aí.



  O ano de 2011 consegue provar muito bem tudo o que estamos falando neste artigo. Não demorou muito para que a equipe do Baixaki Jogos percebesse que esse será “O Ano do 3”. O motivo? Temos várias franquias recebendo seus terceiros jogos. O melhor de tudo é que todas são sequências de peso. Um bom motivo para ficar triplamente empolgado.

  Pensando nisso, nós resolvemos reunir os grandes nomes que serão seguidos pelo número três em uma lista, detalhando cada um deles. Sem dúvidas, teremos o fechamento de grandes trilogias, como o lendário Mass Effect 3, além de muita sequências que prometem acertar tudo o que aconteceu de errados nos dois primeiros jogos — ou simplesmente melhorar o que já estava quase perfeito.

A Terceira Guerra Mundial? Quase isso

  Sem dúvidas, um dos gêneros que mais recebe sequências no mundo dos games é o FPS (First Person Shooter, ou tiro em primeira pessoa, numa tradução livre). Basta observar o maior exemplo de todos para comprovar esta tese: Call of Duty.

  Entretanto, em 2011, quem ocupa os holofotes no palco dos “Terceiros Jogos” são outros nomes. A Sony mostra sua competitividade com duas propriedades intelectuais que, certamente, estão sendo muito esperadas pelos jogadores. A Microsoft, contudo, não deixa barato, trazendo um dos nomes mais importantes do Xbox 360 de volta ao combate.

  Além disso, temos também os jogos de terceiros que, sinceramente, não ficam nem um pouco atrás dos exclusivos. O retorno da tão temida Alma em uma mistura de FPS com survival horror promete uma reviravolta insana na franquia. E, para fechar o pacote, temos um dos FPS mais visualmente impressionantes desta geração — e não estamos falando de Crysis. Confira.

Killzone 3

  A Guerrilla Games ganhou destaque no universo dos jogos de maneira curiosa. O primeiro título da série Killzone passou praticamente despercebido e a série só se estabeleceu quando a Sony decidiu torná-la um dos principais nomes do PlayStation 3 — é difícil esquecer aquele trailer impressionante da Electronic Entertainment Expo, exibindo momentos do jogo.


  
 Assim, Killzone 2 conseguiu criar uma nova legião de fãs, arrematando o gênero de uma vez por todas no PlayStation 3 — que, até então, era conhecido pela carência de jogos do estilo. O segundo título foi um sucesso e não demorou muito para a companhia anunciar o terceiro.

  Killzone 3 já está sendo analisado pela equipe do Baixaki Jogos. O que podemos adiantar? Temos uma campanha explosiva — literalmente —, novas armas e um multiplayer devidamente aprimorado. Tudo isso regado por dublagens em português brasileiro.

Resistance 3

  Resistance é uma franquia que nasceu na sétima geração e, ao contrário de Killzone 2, não conseguiu marcar território para o gênero FPS no console da Sony. O segundo game, também para PlayStation 3, já obteve melhores resultados, sendo lembrado, principalmente, pelos seus inimigos colossais.

  Agora a Insomniac Games, responsável pelo desenvolvimento, promete corrigir o que ainda não foi ajustado com a chegada do segundo título. Pelo o que foi visto até agora, Resistance 3 tem tudo para superar as duas primeiras iterações, formando uma dupla de peso com Killzone 3.

  Destaque para a trama mais humana do game, que retrata a vida de Capelli, o personagem principal do título, em busca da cura para seu filho infectado pelo vírus Chimera. A atmosfera do jogo trará um peso obscuro, se aproximando dos survival horrors em alguns momentos. Além disso, Resistance 3 promete muitas inovações técnicas, incluindo armas capazes de queimar e enlouquecer os inimigos.



F.E.A.R. 3

  Se Resistance 3 chega perto dos survival horrors, então não é um exagero afirmar que F.E.A.R. 3 será um mergulho no gênero. Quem já desfrutou dos dois primeiros jogos sabe muito bem que o nome não lhe foi atribuído à toa (fear significa “medo” em português).

  O fato é que a Monolith, responsável pelos dois primeiros títulos, conseguiu estabelecer a franquia com o primeiro jogo, mas pisou um pouco na bola quando lançou o segundo. Agora, a Day 1 Studios busca recuperar toda a essência da série com o terceiro jogo.

  A nova aventura merece destaque por conseguir se distanciar um pouco mais da típica proposta dos FPS, deixando a guerra de lado e trazendo um pouco mais do mundo obscuro para os games.

  O conceito do jogo já nos desperta bastante curiosidade: você encarna Point Man, que trabalha ao lado de seu irmão Paxton Fettel para encontrar a temida Alma. A grande sacada é que Paxton morreu no primeiro jogo, retornando como fantasma em F.E.A.R. 3 e dando uma nova dimensão — literalmente — ao game.



Battlefield 3

  Mudando do atípico para o tradicional, temos Battlefield 3. Quem conhece a série sabe que BF possui mais spin-offs do que jogos em sua linha principal. Temos até mesmo uma espécie de subfranquia com Battlefield: Bad Company, que já ganhou uma sequência e conseguiu bater de frente com a série Call of Duty.

  Mas, em 2011, o mundo receberá o verdadeiro Battlefield 3. E, quando a Electronic Arts, responsável pelo jogo, decide colocar um número ao lado de Battlefield é porque o bicho vai pegar.

  Até agora, temos poucas informações sobre o game, mas um vídeo exibindo momentos de jogabilidade já foi o suficiente para deixar todos ansiosos. Sem dúvidas, podemos esperar por muitas mudanças e uma engine totalmente nova, a qual gerará muitos outros spin-offs para a série.



Gears of War 3

  Por fim, mas não menos importante, uma das sequências mais esperadas desta lista. Gears of War 2 chegou às lojas em 2008 e já surpreendeu a todos pela sua qualidade e, principalmente, pelas melhorias em relação ao primeiro título, de 2006. Passaram-se quase três anos, mas, finalmente, Gears of War 3 chegará às lojas.

  Tudo indica que o título vai fechar com chave de ouro toda a trama que envolve a batalha entre os COGs e os Locusts, encerrando um combate que rendeu uma das melhores experiências não só do Xbox 360, mas como de toda geração.

  As novidades para o terceiro título são inúmeras. Teremos um multiplayer cooperativo para até quatro jogadores, novas finalizações, um modo Arcade e, é claro, muita pancadaria no multiplayer competitivo. Isso sem contar a campanha, que promete ser uma das mais intensas da história dos games.



Aventuras e um pouco de pancadaria: Exploração sem limites

 Além dos tiroteios dos jogos do gênero FPS, o “Ano dos 3” também é marcado por jogos de aventura, RPG e luta. Primeiramente, temos o provável retorno de um dos nomes mais importantes da história dos jogos para PC. Além disso, o universo entra em choque novamente para resolver de uma vez por todas os problemas entre os Reapers e o restante das raças.

  Nolan North volta a assumir o papel de uma das figuras mais carismáticas do PlayStation 3 no jogo que parece ser a aventura final de Nathan Drake. E, falando em aventura, não podemos deixar de mencionar um jogo que se parece bastante com GTA, mas na realidade é muito mais maluco. Fechando a lista, temos o tão aguardado duelo entre dois universos.

Diablo III

  A franquia Diablo simplesmente dispensa comentários. O primeiro game já chegou com força total, mas foi Diablo II quem imortalizou a série. Lançado no ano 2000, o hack ‘n slash consolidou de uma vez por todas uma fórmula que mistura ação com RPG, se tornando um dos jogos mais populares da década.

  Diablo III foi anunciado em 2008. Isso mesmo, há mais de dois anos. A Blizzard ainda não divulgou sua data oficial de lançamento — algo comum por parte da companhia — mas é muito provável que o jogo seja disponibilizado em 2011.

  Caso isso realmente ocorra, os jogadores terão em suas mãos simplesmente um dos títulos mais esperados do PC — quem sabe ele também pinte nos consoles? Várias das classes clássicas retornam, assim como a base estrutural que sustentava a jogablidade. Contudo, é melhor se preparar para inúmeras novidades.



Mass Effect 3

  Finalmente, a guerra interestelar deve ver seu fim. Não é um exagero considerar Mass Effect como a série Star Wars dos video games, já que temos em mãos uma das melhores tramas já escritas para o entretenimento virtual. O jogador não apenas explora o universo, mas definitivamente vive dentro dele, conhecendo cada detalhe sobre raças, estruturas e planetas.

  Mass Effect 3 é tudo o que os fãs da franquia esperam. Ao contrário de vários outros títulos desta lista, ME3 vai ligar todos os pontos que estavam faltando na história do game, pondo um fim a uma trama digna de adaptação literária.

  O último grande conflito envolve criaturas já conhecidas pelos jogadores: os Reapers. Entretanto, um planeta que não chegou a ser explorado, mesmo sendo o lar dos humanos, é a vitima. A Terra está ameaçada, e agora o conflito é muito mais pessoal. Vale a pena conferir o desfecho.



Uncharted 3: Drakes Deception

  Outra série de destaque que nasceu nesta geração. O exclusivo do PlayStation 3 foi criado pela Naughty Dog, a mesma responsável pelos primeiros jogos do simpático Crash Bandicoot. E, como tradição, a companhia fez um excelente trabalho, trazendo muitas personalidades e um dos gráficos mais bacanas do PlayStation 3.

  Entretanto, Uncharted só ganhou seu lugar ao sol com a chegada do segundo título, nomeado Uncharted 2: Among Thieves. Nele, Nathan Drake, protagonista do game, exibe ainda mais a sua versatilidade, sendo um exímio combatente quando necessário e um pseudo-galã nos momentos “adequados”.

  O terceiro jogo já é mais do que esperado. Depois do quase perfeito Uncharted 2, o mundo todo espera para conferir o que a Naughty Dog será capaz de fazer com Drake em seu terceiro game.

  Já sabemos que o herói visitará um local conhecido como “Atlantis das Areias”, um local supostamente repleto de riquezas, mas também localizado em meio a um dos maiores desertos do mundo, o Rub' al-Khālī. Podemos esperar por muitas reviravoltas.



Saints Row: The Third

  Saints Row é um daqueles jogos do tipo que você ama ou odeia. O primeiro jogo chegou antes de a série Grand Theft Auto dar as caras na sétima geração e foi bem recebido pela crítica. Já o segundo pôde ser comparado com GTA IV, e o resultado não foi tão positivo assim — afinal, estamos falando de um dos títulos mais bacanas da história dos games.

  Agora, temos a promessa de um terceiro jogo capaz de superar qualquer outro game que tenha mundos abertos e tiroteios envolvidos. A insanidade deve tomar conta de Saints Row: The Third, que certamente trará muitas propostas indecentes.



Max Payne 3

  Outro título anunciado há um bom tempo, mas que está quase sendo esquecido pelos jogadores. A Rockstar está trabalhando duro, mesmo que discretamente, na próxima aventura de Payne. Para quem não sabe, Max Payne, o protagonista dos games, é responsável por ser a estrela de um dos jogos com melhor atmosfera dos games.

  Distanciando-se do clima noir, Max Payne 3 se passa em um local conhecido por muitos: São Paulo. No Brasil, Payne terá de enfrentar seus próprios problemas, físicos e mentais, e também uma legião de inimigos que o querem morto. Torça para que 2011 seja o ano que receberá novamente o lendário Max Payne.



Marvel vs. Capcom 3

  Talvez um dos jogos de luta mais esperados de todos os tempos depois de Street Fighter IV. O crossover genial criado pela Capcom é um dos únicos que sobreviveu e ficou definitivamente marcado na história. Depois do segundo título, lançado há mais de dez anos, a Capcom finalmente retorna ao duelo dos dois mundos.

  Quem acompanha o Baixaki Jogos já deve ter lido a análise do título, sabendo que a companhia realmente acertou na fórmula. Temos controles mais acessíveis, modos para treinamento e a boa e velha pancadaria frenética que inunda a tela com projéteis e personagens.

  Marvel vs. Capcom 3 conseguiu suprir a expectativa dos fãs e ainda se tornou uma ótima opção para quem quer começar a jogar games de luta.



E ainda tem mais: Outros títulos e possíveis aparições

  A lista do Ano do 3 já está extensa, mas, surpreendentemente, 2011 ainda reserva vários outros títulos que fazem parte de uma trilogia. DiRT 3, por exemplo, é outro exemplo que merece destaque, mesmo entrando na categoria dos esportes — onde é comum encontrarmos vários jogos de uma só franquia. O pequeno gigante, Patapon 3, é outro game que brilhará em 2011.

  Fora isso, existem vários títulos que se encaixam nesta lista, mas ainda não foram confirmados para este ano. O tão aguardado Modern Warfare 3 pode surgir em 2011 e certamente quebrará novos recordes. Até mesmo Shenmue 3 já foi cogitado.

  O jeito é ficar ligado nas novidades para conferir se todas estas promessas realmente vão vingar. E será que teremos mais um terceiro game surgindo ainda neste ano? Assassin’s Creed 3? Ou quem sabe Condemned 3? Não deixe de opinar!




sexta-feira, 11 de março de 2011

Camiseta do Nerdices a Parte

 Fala, meu povo nerd! É com grande alegria que venho lhes anunciar que um dos prêmios de nossa promoção já está pronto e comigo: a camisa do Nerdices a Parte! Nasjla e eu não podíamos deixar a oportunidade passar em branco, então é claro que pegamos a Margot e tiramos algumas fotos para mostrar a todos vocês como ficará seu mais novo presente. Confiram, abaixo, ou cliquem em "Leia Mais", se não conseguirem visualizar.

Crônica Nerd #2: A Maior Invenção de Todos os Tempos - Parte 2/4


[Leia a Parte 1]

 No dia seguinte, Túlio levantou cedo, se arrumou e foi para o trabalho. Ele trabalhava em uma grande loja de informática, e era um dos responsáveis pela área de manutenção e reparos. Ele chegou cedo naquele dia, bem antes do seu horário, pois estava ansioso para continuar seu projeto.

 Túlio não se contentava em consertar computadores. Ele queria ser um grande inventor. Ali, na loja de informática, ele tinha peças sobressalentes o bastante para trabalhar em suas invenções. Some-se a isso o fato de que seu pai é um dos ricos e bem sucedidos donos de uma fábrica de robôs, e ele tinha mais peças do que o necessário para fazer seus projetos.

 Na garagem de sua casa, que tinha três vagas para carros, só cabiam dois, porque a outra vaga estava tomado por suas invenções. Uma delas, da qual ele é particularmente orgulhoso, é um trio de robôs musicistas, que lêem partituras através de uma câmera e tocam, cada um, guitarra, trompete e acordeon com uma precisão quase humana.

 Eram raras as vezes em que ele precisava parar para, de fato, consertar computadores, o que lhe dava bastante tempo livre para mexer com o que ele gosta. Ele estava particularmente entretido em uma solda quando ouviu uma voz feminina falar:

 "É aqui mesmo que consertam computadores?" dizia a voz, meio que rindo.

 Túlio já estava se preparando para dar uma resposta mal educada quando se virou e deu de cara com Marcele.

 "Maru-chan!" disse ele, surpreso. "O que a traz aqui?"

 "Nada. Só tava passando por aqui e resolvi vir falar com você".

 A loja onde Túlio trabalhava se chamava "Informatica.com", sem acento mesmo. O dono achava que um nome como esse poderia atrair mais clientes, por ser algo chamativo e amigável. De fato, a clientela era boa e, geralmente, fiel, mas Túlio achava aquele nome chamativo e deplorável. O espaço, no entanto, era bem legal: haviam várias prateleiras espalhadas pela loja espaçosa, cheias de computadores, laptops, netbooks e acessórios. Havia, também, uma seção dedicada aos games para PC (que, por sinal, era aonde Pablo gastava a maior parte do tempo em que estava ali). Ocupando quase toda a lateral esquerda, havia, ainda, um espaçoso balcão, onde ficava o caixa e algumas peças pequenas. Era ali, também, que havia a bancada de reparos e, portanto, onde Túlio ficava durante seu turno.

 "Então, esse é seu mirabolante projeto?" disse ela, olhando para um emaranhado de fios e peças metálicas que ela simplesmente não entendia como poderia ser alguma coisa.

 "Na verdade, essa é só uma parte do projeto. Eu já terminei uma parte, que está em casa. Agora estou trabalhando nessa e, quando terminar, vou conectar tudo".

 Toda vez que Túlio falava sobre seus projetos, seus olhos pareciam brilhar. Marcele achava isso fofinho, mas achava, também, que, se ela falasse isso, o garoto poderia se envergonhar e perder esse brilho.

 "E quando é que você vai contar no que exatamente você está trabalhando?" perguntou ela.

 "Maru-chan, você sabe que eu não gosto de contar essas coisas antes que elas estejam prontas. Você sabe..." disse ele e, abaixando a voz, continuou: "Alguém pode ouvir".

 "Claro, claro" ela limitou-se a responder. Achava essas teorias conspiracionais fascinantes, porém, ridículas.

 "Ora, não fique chateada. Eu sei que você gosta das minhas invenções, mas eu realmente prefiro não contar. Não vá embora por isso" disse Túlio.

 "Ora essa, Tux. É verdade que eu gosto das suas invenções, mas não é por isso que eu estou aqui, é porque eu gosto de passar o tempo com você" ela disse, sorrindo.

 Túlio não acreditava: ela estava apaixonada por ele! Já tinha lido muito sobre amor na internet, mas nunca teve a oportunidade de se envolver com alguém na vida real. Seu coração acelerava, sua respiração ficava escassa, seu rosto suava... É claro que ele estaria quebrando o primeiro mandamento de Sheldon ("Não terás qualquer tipo de contato afetivo ou amoroso, incluindo o coito, com ninguém"), mas a sensação era incrível! O calor ia tomando conta dele como ele jamais julgaria possível. E ainda, ele não sabia por que, mas o calor parecia começar na palma de sua mão e irradiar por todo o seu corpo. Ele estava realmente pensando nisso quando Marcele falou:

 "Não dói ficar com a mão no ferro de solda, não?"

 Ele olhou instintivamente para a mão. Em seguida, com um solavanco, removeu-a da fonte do calor, gritando. Se ele estivesse em um anime, rios brotariam de seus olhos, pensou ele.

 "Baka-Tux" disse Marcele, complementando com um risinho.

[Leia a Parte 3]

quinta-feira, 10 de março de 2011

Música Nerd #26: They Might be Giants


 Continuando as comemorações de nosso aniversário (já participou de nossa promoção?), temos aqui mais um "Música Nerd" com o tema música nerd. Semana passada vocês puderam conferir um pouco do por que dessa confusão de músicas nerds com o indefinível Nerdcore Hip Hop de MC Frontalot. Hoje, vamos curtir um pouco dessa banda fenomenal: They Might be Giants!

Um pouco de história

 They Might be Giants é uma banda de rock estadunidense formada em 1982. Tudo começou quando os amigos de infância John Linell e John Flansburgh, que já tinham trabalhado compondo músicas juntos durante a adolescência, resolveram se juntar uma vez mais para continuar suas carreiras musicais. Os dois Johns se mudaram para um apartamento no Brooklyn em 1981 e, a partir de então, começaram a trabalhar como um conjunto. Flansburgh era um exímio guitarrista, enquanto Linell tocava acordeão e saxofone. No início, eles eram acompanhados por uma bateria eletrônica, mas no começo dos anos 1990, eles acabaram recrutando uma banda de apoio. Hoje, eles contam com a seguinte formação: John Linell (acordeão, flauta, teclado, vocal), John Flansburgh (guitarra base, vocal), Dan Miller (guitarra solo), Danny Weinkauf (baixo) e Marty Beller (bateria).


Um pouco de música

 Apesar de terem conquistado seu sucesso bem antes do fenômeno nerd, hoje nós temos um termo melhor do que simplesmente "rock alternativo" para definir o som desta banda. Isso mesmo: os They Might be Giants são considerados, atualmente, uma banda de "geek rock". A música a seguir, "Meet the Elements", exemplifica muito bem o lado nerd da banda, mesmo pra quem não sabe nada de inglês.



 A próxima música, "I C U", que tem seu nome baseado em um jogo com a frase "eu vejo você" ("I see you", em inglês), faz parte do álbum "Here Comes the ABCs", um álbum infantil da banda, que recebeu vários prêmios. Sua sequência direta, "Here Comes the 123s", por sinal, ganhou um Grammy. Esta música é muito interessante por se utilizar apenas de letras para se expressar, do início ao fim, já que, no idioma inglês, diversas palavras tem o mesmo som de algumas letras.



 Para finalizar, temos a vencedora do Grammy de 2002, "Boss of Me", que, por sinal, foi utilizada como tema no seriado de comédia americano "Malcolm in the Middle".



Algumas curiosidades

  • O nome da banda, "They Might be Giants", é uma referência a um filme de 1971, que, por sua vez, faz referência a uma frase de Dom Quixote de La Mancha, quando seu fiel escudeiro lhe pergunta o por que de atacar os moinhos de vento e ele responde: "Eles podem ser gigantes".
  • Em um determinado momento, ainda antes de a banda terminar de se formar, John Linell quebrou o pulso em um acidente de bicicleta, e John Flansburgh sofreu um furto em seu apartamento, o que resultou em férias forçadas para os amigos. Nesse meio tempo, eles começaram a gravar suas músicas em uma secretária eletrônica e criaram o serviço "Dial-A-Song", de modo a dissimular suas composições através do telefone. O serviço acabou sendo muito disputado. Somando-se a isso a qualidade duvidosa da secretária eletrônica, o "Dial-A-Song" acabou com o slogan "Sempre Ocupado, Às Vezes Quebrado". Os próprios Johns, no entanto, anunciavam o serviço como "Gratuito, se você ligar do trabalho".
  • Na época do colégio, os trabalhos musicais dos dois Johns era conhecido exatamente assim: como sendo "dos dois Johns" ou como sendo de "John e John".
  • A letra completa de "I C U" pode ser reproduzida em menos de 140 caracteres: "u r n x u r n x n i i m n x i c t v i c t v n i c u i c u i c u n u r o k u r n x u r n x n i i w i c a d v d i c a d v d n i c u i c u i c u n u r o k i c u i c u n u r o k".

quarta-feira, 9 de março de 2011

Mudamos de domínio

 É isso aí, galera! Quem me segue no Twitter já sabe: acabamos de receber mais uma novidade do mês de aniversário do blog! A partir de agora, o endereço do Nerdices a Parte será www.nerdicesaparte.com!

 Talvez alguns problemas aconteçam. Se acontecerem, peço que me comuniquem, contribuindo, assim, para um blog cada vez melhor.

 E o que aconteceu com o domínio antigo, o http://nerdicesaparte.blogspot.com? Ainda está valendo, mas como um serviço de redirecionamento para o domínio novo. Sendo assim, não se preocupe se você tem o blog salvo nos favoritos ou se você esteve divulgando qualquer link com o domínio antigo: eles ainda são válidos!

 Espero que esta nova fase do nosso blog possa ser ainda melhor do que a outra. Dúvidas? Sugestões? Elogios? Críticas? Não deixe de entrar em contato, ou comentar aqui mesmo. Até lá, vida longa e próspera!


Mitos Reais #2: Zumbi



 Semana passada nós estreamos, aqui no blog, uma nova seção semanal, entitulada "Mitos Reais". Hoje é quarta-feira de novo e, por isso, dia de mais um Mitos Reais. Esta semana, escolhemos uma criatura que está sempre perambulando e, às vezes, se rastejando pelos cérebros dos nerds. Com vocês, uma explicação científica e detalhada de como é possível que existam: zumbis.


O mito

 Zumbis são, de acordo com as lendas, seres humanos que, depois de mortos, foram, de alguma maneira, trazidos de volta a vida, seja por meio de rituais vudus, seja por meio de algum tipo de doença da qual ele era portador antes de morrer, ou por ser infectado por uma doença mortal que, além de o matar, o trouxe de volta à vida. Zumbis geralmente são lentos e, já que já estão mortos, podem perder todos os membros e continuar avançando contra suas vítimas, das quais eles comem ou a carne, ou o cérebro. Além disso, o único propósito da não-vida de um zumbi é a alimentação. Algumas lendas dizem que isso se dá devido ao fato de eles perderem todas as funções do cérebro, com exceção da auto preservação. Algumas lendas, ainda, dizem que, depois de mortos, os zumbis passam por um ou vários tipos de mutações, transformando-os em criaturas totalmente inumanas, ou simplesmente concedendo-lhes algum tipo de poder especial, como uma língua enorme e auto regeneradora, ou a capacidade de saltar a grandes alturas e se locomover pelas paredes. Além disso, os zumbis das lendas são comumente retratados como cadáveres ambulantes, sofrendo todas as penalidades de um cadáver real (o apodrecimento, por exemplo).

A realidade

 Os zumbis da vida real não estão mortos. Eles são pessoas comuns que foram infectadas por algum tipo de doença que atacou seus cérebros, os fazendo parar de raciocinar e procurar apenas se alimentar, e de carne humana. Assim, eles ainda respiram, ainda precisam se alimentar, e ainda morrem de qualquer maneira que um ser humano comum possa morrer. A infecção não lhes traz nenhum benefício, como algum tipo de poder sobrenatural, ou habilidades sobre humanas, mas faz com que eles parem de sentir dor, permitindo que continuem avançando contra suas vítimas, mesmo se estiverem próximos à morte. No entanto, eles, de fato, parecem estar em constante estado de decomposição.

A ciência

 Um zumbi nada mais é do que uma pessoa infectada por um tipo de vírus, que é passado através da saliva da pessoa infectada em contato com o sangue da pessoa sadia, ou seja, para que uma pessoa se torne um zumbi, ela precisa ser atacada por um zumbi e, de alguma forma, sobreviver. A primeira mudança acometida pela instalação do vírus se dá no cérebro do hospedeiro, fazendo-o raciocinar quase exatamente como os zumbis das lendas: eles andam vagarosamente, quase se arrastando, e só querem saber de se alimentar, comendo carne humana, esteja a vítima viva ou morta. Além disso, o vírus zumbi causa sintomas muito semelhantes a um estágio muito avançado de lepra, mas leva um tempo absurdamente pequeno até que os sintomas comecem a aparecer, especialmente se comparado à lepra comum, fazendo com que, em poucos dias, o recém-infectado perca totalmente a sensibilidade à dor e às diferentes temperaturas, e que ele comece a sofrer lesões graves que dão a aparência de apodrecimento. Na verdade, mesmo que um zumbi não sofra nenhum dano exterior e consiga se alimentar regularmente, é provável que ele venha a morrer de lepra.

O esconderijo

 Apesar de todas as evidências, os zumbis ainda foram oficialmente reconhecidos por um único motivo: o vírus está extinto. Poucos foram os casos de infecção relatados. Em sua maioria, aconteceram na região do Haiti, onde as lendas sobre o vudu se iniciaram, justamente graças à obliteração do vírus. Ora, se não existem mais infectados, não existem mais provas. Há quem pense, no entanto, que o vírus não foi completamente extirpado da face da terra, mas está apenas esperando, ainda nos cadáveres dos infectados, por um momento oportuno para subir à superfície e começar uma epidemia. Apenas esperando...

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Este post faz parte da seção "Mitos Reais", que é uma seção de ficção. Qualquer semelhança com a vida real pode ou não ser mera coincidência.