segunda-feira, 31 de maio de 2010

O caçador de urubus

 Se você acha que os nerds vão ficar parados ante o crescente número de urubus se suicidando nas turbinas dos aviões, então você acaba de se enganar. Saiu na revista Galileu um artigo falando sobre a nova arma para espantar urubus. Não se fala mais em espantalhos de madeira e palha: a onda agora são pássaros mecânicos de fibra de carbono e kevlar! Acompanhe o artigo publicado em: http://revistagalileu.globo.com/Revista/Common/0,,EMI134977-17933,00-O+CACADOR+DE+URUBUS.html

O caçador de urubus

Pássaro mecânico pretende livrar os aeroportos brasileiros das aves que são sugadas pelas turbinas dos aviões e causam acidentes

por Rita Loiola / Crédito das imagens: Gabriel Silveira

Gabriel Silveira


Um pássaro diferente deve aterrissar no aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, até o fim do ano. Sua missão será afugentar a concorrência de carne, pena e ossos: as aves e passarinhos que entram pelas turbinas dos aviões e, no ano passado, provocaram 926 acidentes no Brasil.

Pilotado por controle remoto, o falcão-robô, ou Falco-Robot Gregarious Bird Removal System, é uma espécie de aeromodelo desenvolvido exclusivamente para afugentar urubus, garças e outras aves que sobrevoam aeroportos e atrapalham o pouso e a decolagens das aeronaves. Já usado na Europa, o pássaro mecânico foi testado no início de março por 15 dias no Galeão, a pista brasileira com a maior quantidade de acidentes envolvendo aves.

Feito com estrutura de fibra de carbono e forrado com kevlar, uma fibra sintética muito leve e resistente que também é usada em carros de F-1, esse falcão não tem peças metálicas e a fuselagem imita uma ave de verdade. O projeto, desenvolvido durante 11 anos por pesquisadores de engenharia aeronáutica italianos e espanhóis, chegou ao Brasil no fim do ano passado. A ideia é que os pássaros percebam que há um predador na região e não se atrevam a invadir a área de pouso e decolagem. “Sua simples presença funciona como uma ameaça”, diz Fued Abrão, coordenador da Infraero responsável pela seção de Meio Ambiente do RJ. “E é melhor que uma ave natural porque é possível ter total controle sobre o robô.”

A Infraero ainda está concluindo um relatório que irá decidir se dois desses falcões-robô serão usados nas pistas do Galeão. Se a estratégia funcionar, o projeto deve se expandir para outros aeroportos do Brasil.

PENAS x PREGOS
As diferenças entre o bicho real e o artificial
Gabriel Silveira

Falcão- Peregrino
Comprimento: 38 a 50 cm
Envergadura: 83 a 113 cm
Peso: 580 a 1.000 g
Nome científico: Falco peregrinus
Gabriel Silveira




Falcão-Robô
Comprimento: 63 cm
Envergadura: 166 cm
Peso: até 1 kg
Alcance: 3 km
Autonomia: até 30 minutos de voo
Nome científico: Falco-Robot 
Gregarious Bird Removal System

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