Os livros sempre me fascinaram muito. Desde a minha infância eu tenho lutado contra monstros terríveis, me envolvido em loucas histórias de amor, chorado a morte de incontáveis parentes e amigos, resolvido mistérios de arrepiar e vivido todos os prazeres contidos na arte da leitura.
Na casa dos meus pais, eu empilhava livros e mais livros pelo chão do meu quarto. Por isso, quando resolvi me mudar e morar sozinho, é claro que o primeiro requisito na minha nova casa não podia deixar de ser uma pequena biblioteca, ou pelo menos um quartinho onde eu pudesse colocar várias estantes.
Hoje, três anos depois de ter me mudado, posso ver que meu requisito não foi em vão, já que a biblioteca, de aproximadamente 5 metros quadrados, já encontra-se com as estantes quase completamente tomadas com os meus livros, o que me faz pensar na possibilidade de me mudar novamente.
Os livros, como alguém poderia imaginar, me laçaram de verdade e tem conduzido o rumo da minha vida. Estou, atualmente, cursando Letras no período noturno, e trabalho em tempo integral como arquivista na biblioteca local. Apesar de todo o envolvimento forçado com os livros, toda vez que tenho um tempo livre eu aproveito e leio um pouco mais.
No entanto, uma coisa tem me perturbado. De um tempo para cá, um sonho vem se instalando em minha cabeça. Com tantos livros espalhados pelas prateleiras mundiais, tantos autores fantasticamente geniais, temo que um autor a mais não seria de todo ruim.
Meu sonho é, um dia, ver, na capa de um best-seller, o nome Ricardo Ferreira, ou seja, eu.
[Leia a Parte 2]
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