quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Mitos Reais #20: Medusa


 Mitos, lendas, folclore... Tantos são os nomes para designar aquilo que o homem julga como inexistente, mas que pode, na verdade, não ser tão impossível assim. A seção Mitos Reais busca desvendar como seriam as criaturas mitológicas, especialmente as sobrenaturais, se elas, de fato, existissem em um mundo regido unicamente pela ciência. A criatura escolhida para hoje é capaz de te dar um coração de pedra, ou não só o coração: a Medusa.


O mito

 A Medusa, de acordo com a mitologia grega, era uma das três górgonas, as filhas de Fórcis e Ceto. No entanto, nem mesmo a própria mitologia grega possui uma versão definitiva sobre a história da Medusa. Algumas versões dizem que as três górgonas eram de uma beleza tal que se igualavam à beleza de Atena, sendo, assim, amaldiçoadas por elas, de modo a terem seus cabelos substituídos por serpentes e seus olhos encantadores transformados em instrumentos mortais. Algumas versões dizem que as górgonas já nasceram amaldiçoadas. Algumas versões dizem que foram amaldiçoadas quando Medusa se envolveu com Poseidon em um templo de Atena. Uma característica, no entanto, é comum a todas as lendas: a Medusa transforma quem quer que a olhe em pedra. Algumas versões deste mesmo mito chegam a afirmar que, ao invés do corpo de mulher, as górgonas possuem um corpo que é metade mulher, metade serpente.

A realidade

 Na vida real, a medusa não possui serpentes no lugar de cabelos: esta impressão pode até ser causada a um observador desatento. Além disso, a transformação em pedra não se dá imediatamente com o contato visual: a medusa possui a habilidade de "cuspir" um jato composto de um líquido capaz de petrificar quem ou o que quer que ela atinja. Além disso, diferente da mitologia grega, não existe apenas uma medusa, a Medusa, e não é uma maldição que torna a medusa uma transformadora de estátuas. A medusa da vida real não precisa nem ao menos ser necessariamente uma mulher.

A ciência

 As medusas da vida real são pessoas afetadas por uma doença que modifica em grande parte seu organismo. Um vírus extremamente raro é o responsável por construir e dotar o ser humano de dois órgão completamente novos: um aparelho inoculador de veneno e um reservatório de um líquido composto de sulfato de cálcio e água. Isso mesmo: gesso. É a partir deste reservatório que sai o jato capaz de petrificar, ainda que não instantaneamente, o que quer que ele atinja. Além disso, o vírus concede à medusa um par de presas retráteis, exatamente como as de algumas cobras peçonhentas. Este veneno é capaz de fazer duas coisas: matar e, se a vítima sobreviver ao veneno, infectar a vítima com o vírus que a transformará na nova medusa. O vírus também parece mexer com o cérebro da medusa, fazendo com que ela passe a preferir o penteado de dreadlocks.

O esconderijo

 Se na mitologia Perseu só pode matar a Medusa cortando sua cabeça ao se basear em seu reflexo, na vida real é muito fácil que uma medusa morra, já que ela continua sendo, na maioria dos aspectos, humana. Some-se a isso a dificuldade de criar uma nova medusa e fica fácil saber que a medusa é uma espécie em extinção e muito rara. Apenas por precaução, no entanto, sempre que você ficar sozinho com uma pessoa, especialmente se ela usa dreadlocks, procure não a irritar.

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Este post faz parte da seção "Mitos Reais", que é uma seção de ficção. Qualquer semelhança com a vida real pode ou não ser mera coincidência.


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