segunda-feira, 21 de junho de 2010

Mortal Kombat voltou!

  Esqueça absolutamente tudo o que você viu no amansado Mortal Kombat vs. DC. Esqueça os “fatalities” bonzinhos dos heróis — os patéticos “heroic brutality” — e os golpes contidos dos participantes do torneio original. O retorno de Mortal Kombat pretende abraçar suas raízes sangrentas, arrancando intestinos, colunas e quebrando ossos sem o menor pudor. Afinal, se muita gente poderia ficar chocada ao ver alguns dos ícones da DC desprovidos de seus membros, aparentemente não há problema algum em serrar Sub-Zero ao meio, ou ainda retalhar Kung Lao para, em seguida, explodir cada uma das partes com mísseis teleguiados, certo? Bem, esse é o espírito aqui: é Mortal Kombat, com tudo o que tem direito, e retomando o legado do jogo que iniciou a classificação etária nos games.


 De acordo com o criador da série, Ed Boon, o novo Mortal Kombat deve ser uma espécie de sucessor espiritual de Mortal Kombat 2 e Mortal Kombat 3. De fato, além da violência ostensiva, existe uma enormidade de detalhes tremendamente familiar, um verdadeiro bálsamo para fãs mais antigos da série — aquele povo que torceu o nariz para Armageddon e, principalmente, Mortal Kombat vs. DC.


    Mas, se por um lado as mecânicas mais precisas estão presentes para agradar aos fãs mais “hardcore”, Boon promete, também, que o jogo será bastante amigável com novatos, apresentando comandos acessíveis e intuitivos, como o novo sistema de combos. De qualquer forma, é inegável: o ponto alto aqui é, sem dúvida, o retorno da violência hiperbólica que marcou os primeiros jogos da série. E o melhor? Vísceras e sangue abundante agora em toda a sua glória HD. Vamos aos detalhes.

Uma máquina do tempo

Mortal Kombat não é exatamente retrô. Também não é propriamente uma sequência de Armageddon. No que diz respeito à história — caso alguém preste atenção nisso em MK —, os eventos se passam após Armageddon, é verdade. Entretanto, uma espécie de viagem no tempo trouxe não apenas os personagens consagrados dos dois primeiros títulos, como também diversos cenários.



  Existe uma comparação apropriada aqui: Street Fighter IV. Assim como o colosso da Capcom, o novo Mortal Kombat lança mão de novos gráficos, novas possibilidades de jogabilidade, mas sem abandonar o feeling original da franquia. Trocando em miúdos, o game deve trazer um estilo familiar, mas sem parecer datado.



 Mas as fases demonstradas até o momento certamente tem um quê de nostalgia. The Pit, por exemplo, do primeiro Mortal Kombat. Trata-se do cenário em que se podia mandar um inimigo para os espinhos com um gancho, ou ainda encarar o ainda coadjuvante Reptile. O primeiro trailer também traz imagens do renovado The Living Forest, de Mortal Kombat 2. Todos os cenários devem trazer ainda diversas animações exclusivas.

A velha turba sanguinolenta

 Até o momento, oito personagens foram revelados: Scorpion, Sub-Zero, Mileena, Johnny Cage, Sektor, Nightwolf, Reptile, e Kung Lao. Entretanto, Boon garante que a versão final trará um total de 26 personagens, todos muito bem detalhados e com uma vantagem adicional: conforme levam golpes, as roupas são rasgadas e manchas de sangue aparecem pelo corpo.





 Entretanto, diferentemente do que acontecia em Armageddon, esse sangue não permanece estático; ele seca, e se torna escuro, tal qual ocorre com um ferimento real. Enfim, um toque a mais, que sem dúvida transforma a violência um tanto caricata dos primeiros jogos em algo bem mais visceral e convincente.

“Get over here!”

 Embora o feeling dos combates permaneça razoavelmente inalterado em relação aos primeiros títulos, existem alguns elementos que impedem que Mortal Kombat seja apenas um remake. Entre eles, os novos combos personalizáveis.



 De forma bastante semelhante a Marvel vs. Capcom, agora é você quem dita o andamento do seu combo — sem aquelas sequências precisas de botões de Mortal Kombat 3, por exemplo. Dessa forma, você terá liberdade razoável para encadear os seus ataques preferidos.


 Outro diferencial é a barra de energia segmentada — que aparece juntamente com a barra de saúde — e serve para diversos propósitos. Entre as funcionalidades, algo semelhante aos ataques EX de Street Fighter IV: basta segurar o botão de defesa para potencializar um dos ataques normais do personagem. Sub-Zero, por exemplo, pode estender o seu ataque que congela o chão para todo o cenário. Isso consome uma das três seções da barra. Caso tenha pelo menos dois slots da barra completos, você também poderá interromper um combo inimigo. Mas a utilização mais visceral e sanguinolenta da barra vem na forma dos ataques raios X (X-Ray Attack): ao gastar a totalidade da barra, o seu personagem dispara um combo tremendamente violento, cuja destruição de mandíbula, coluna e costelas pode ser acompanhada por uma visão de raios X. Elegante, sem dúvida.


 Reptile, por exemplo, vai agarrar a cabeça do oponente, espetar seus olhos, quebrar o seu pescoço — tudo isso em câmera lenta, para desgraça dos mais sensíveis — e coroar todo o movimento com um soco devastador no diafragma que acaba por esmigalhar as costelas. Conforme dito, elegante.

Fatality: ainda o epítome da violência nos jogos

 Caso você ainda tenha alguma dúvida sobre a volta às origens de Mortal Kombat, é só acompanhar algumas das sequências liberadas até o momento. Um exemplo? Que tal Mileena enfiar os suas adagas no torso do oponente, arrancar a sua cabeça e, por fim, dar um beijo que faria o mais masoquista dos sujeitos borrar as calças? Mas espere: fica ainda melhor! Reptile abre a boca do oponente, regurgita uma quantia copiosa de ácido e, por fim, abre um buraco na barriga da pobre vítima e arranca os seus intestinos. Já o fatality de Sektor é um tanto mais sistemático, embora não menos impressionante: depois de desmembrar o oponente, as partes que permanecem no ar são individualmente acertadas por mísseis.


 No mais, Mortal Kombat trará batalhas em tag-team — personagens secundários que aparecem na tela para auxiliar, ou assumir a luta — e, conforme insinuou Ed Boon, diversos segredos. Um ninja secreto cor de abóbora? É de se esperar algo menos óbvio, é claro. Enfim, trata-se de Mortal Kombat, o velho MK, em toda a sua glória sanguinolenta que tirou o sono de muitos pais até hoje, mas sem prescindir das novidades trazidas pelos jogos de luta mais modernos. Em outras palavras, ainda se trata de arrancar vísceras e decapitar, mas sem parecer datado. Lembre-se da classificação etária do game! Mortal Kombat tem lançamento previsto para algum momento de 2011.

Um comentário:

  1. *-*

    Perfect......*-*

    o bom e velho MK como todo mundo gosta....

    Vejo vcs na arena.....8D

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