domingo, 28 de novembro de 2010
Nerdices a Parte Entrevista #1: Rodrigo "Cheba" Nepomuceno
Fala, povo nerd! Hoje inauguraremos mais uma nova seção aqui no Nerdices a Parte que, apesar de não ser semanal, promete fazer barulho sempre que aparecer por aqui. Trata-se do Nerdices a Parte Entrevista que, como o nome já deixa bem claro, nada mais é do que uma entrevista bacana com alguém do meio nerd. Para começar, no post de hoje, entrevistamos o Rodrigo "Cheba" Nepomuceno, um dos guitarristas da banda 8 Bit Instrumental, que foi muito legal e simpático durante todo o tempo e concordou, desde o primeiro contato, em ceder a entrevista a nós. Sendo assim, sem mais delongas, confiram, abaixo, a entrevista na íntegra (Clique em "Leia mais" se não conseguir visualizar)!
Rodrigo "Cheba" Nepomuceno
Nerdices a Parte: Como é tocar em uma banda de videogame music?
Rodrigo: Acredito que existam dois lados legais que são os mais relevantes. O primeiro é o repertório, que geralmente são temas que gostamos muito. O segundo é o aspecto técnico, pois, geralmente, se aprende muito analisando e tocando os temas de jogos.
Nerdices a Parte: Como vocês fazem os arranjos?
Rodrigo: Não há muitas regras, tanto na questão metodológica quanto na questão da interação entre os integrantes. Às vezes, os arranjos são feitos em conjunto e, outras vezes, algum integrante da banda apresenta um proposta pré-produzida. Na questão da roupagem que iremos dar à música também não tem muita regra, tentamos ao máximo dar um ar de novo aos temas, na medida do possível.
NP: Quem são os membros e quem é o líder do grupo?
R: Luciano Oliveira Marques (Baixo), André Luiz Oliveira Marques (Guitarra), Moises Oliveira Marques (Bateria), e Rodrigo "Cheba" Nepomuceno (Guitarra). O grupo não tem nenhum líder: todos tem sua função.
NP: Como surgiu a ideia da banda?
R: A banda 8 Bit Instrumental foi formada quando eu e o André nos conhecemos em conversas pelos corredores da Universidade Federal de Uberlândia. A partir de nossa convivência, descobrimos a semelhança no gosto por composições musicais para videogames, principalmente os que fizeram parte de nossas vidas desde a infância.
NP: Para você, qual é a melhor e qual a pior parte de tocar em uma banda de VGM?
R: Acho que a melhor parte é realmente a satisfação pessoal, se sentir bem com o que está tocando. A pior parte são algumas apresentações que, às vezes são complicadas. Geralmente pela falta de estrutura dos lugares.
NP: Você disse que você e o André se conheceram na universidade. À época, quais cursos vocês faziam? Vocês já terminaram a faculdade?
R: Eu e o André cursávamos Música. Já terminamos a faculdade.
NP: Vocês tocam músicas antigas, atuais ou ambas? Quais são as diferenças que você encontra entre elas?
R: Geralmente tocamos mais músicas antigas, até os consoles de 16 bits. Eu tenho um outro projeto chamado Cult Gaming e cheguei a fazer algumas versões de jogos da geração Playstation. Mas acredito que o fator nostalgia é bem menor nas músicas de jogos mais novos, acho que leva algum tempo pra se vivenciar os jogos e relembra-los como bons momentos.
NP: Como é a instrumentação da banda? Quais instrumentos vocês costumam usar e quais instrumentos vocês, apesar de não usarem sempre, já usaram em alguma ocasião?
R: A instrumentação básica é: duas guitarras, baixo e bateria. Já usamos vários instrumentos e também vários tipos de synths em alguns arranjos. Acho que o mais inusitado foi um berimbau no tema de Brinstar de Super Metroid do SNES.
NP: Além dos instrumentos, quais equipamentos vocês usam?
R: No início da banda já usamos mais teclados, mas deixamos eles de lado pela praticidade de ter menos instrumentos para levar para ensaio e apresentações. Geralmente eu uso um sequencer para músicas que tem vários samples eletrônicos e também já usei algumas vezes guitarra midi em algumas apresentações. Mas atualmente eu prefiro levar o minimo de coisas possível para fazer as apresentações.
NP: Como são os shows da banda?
R: Tentamos sempre colocar algo visual nos shows, mas é sempre complicado porque cada um tem que cuidar de seu instrumento e também monitorar a passagem de som. Então eu tenho a ideia de, daqui pra frente, tentar fazer sempre apresentações mais voltadas para a música. É muito complicado você ter que montar todo o equipamento e ainda tocar um repertório de 2 horas de duração. Algumas vezes, nós chegamos a montar cenários, o que também nos desgastava bastante antes das apresentações.
NP: Além da instrumentação, o que vocês costumam modificar na hora de fazer os arranjos? Harmonia? Ritmos? Andamentos?
R: Acho que já fizemos várias experiencias com os temas, modifcando toda a estrutura da música. Mas acho que a mais extrema foi a feita com o Password Theme, originalmente composta para o jogo Mega Man II, da Capcom, que acabamos tomando como sendo uma composição própria. Na verdade, o André fez o arranjo inteiro dessa e, apesar de ser praticamente toda diferente da música original, ainda se remete à mesma
NP: Como foi o seu contato com os videogames e por que você decidiu participar de uma banda de VGM?
R: Meu pai sempre gostou de video games. Ele tinha um Telejogo (Pong) quando eu nasci. Logo comprou o atari e, depois, o NES. Então minha infancia inteira eu joguei muito video game. Acho que tocar essa músicas veio de maneira natural, assim como formar um grupo que execute essas composições.
NP: Você toca outros estilos de música profissionalmente?
R: Já toquei vários estilos mas, atualmente, eu praticamente não estudo mais nenhum instrumento e também não toco em outros grupos. Eu tenho um homestudio e faço produções musicais para bandas daqui de Uberlândia, então quase não sobra tempo e disposição.
NP: Pra finalizar, deixe um recado para os fãs do blog Nerdices a Parte.
R: Busquem conhecimento.
E é isso aí, galera! Espero que tenham curtido a entrevista com este grande homem que é o Rodrigo da 8 Bit Instrumental. Deixo aqui registrado o meu muito obrigado a ele e a todos os que tornaram esta entrevista possível. Valeu, galera!
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