Já eram quase quatro da tarde quando Paulo subiu ao palco naquela sexta-feira. Todos olhavam para ele com grande expectativa. Não era para menos, já que, desde mais ou menos a metade do terceiro ano de seu mandato como presidente da nação, ele vinha fazendo grandes coisas em prol da população. Agora que ele tinha sido reeleito, o povo não esperava que ele parasse, ou mesmo que refreasse a onda de boas ações.
Seu discurso de reeleição levou pouco mais de quarenta minutos, duração que ele julgava curta, mas era necessária. Se anoitecesse e ele continuasse ali, à vista de todos, isso poderia significar problemas.
Paulo não era nenhum lobisomem, mas ele, também, guardava um segredo. Um segredo que, também, o atormentava à noite. Um segredo que, também, fugia ao seu controle. E um segredo que, também, se fosse descoberto, o levaria de volta ao fundo do poço.
[Leia a Parte 2]
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