Olá, queridos leitores! Com o perdão da brincadeira sobre o livro "O meu eu mágico", de Gilderoy Lockhart, eis que decidi unir o útil ao agradável quando uma professora da faculdade pediu que fizéssemos uma pequena biografia sobre nossa vida musical. Resolvi fazer isso em forma de artigo no blog. Assim, você também poderão saber um pouco sobre minha vida musical. Espero que todos curtam, especialmente a professora. Hehehehe...
O Início
Aos seus 14 anos de idade, Thiago Pires era um jovem que não sabia nada sobre música. Nada além de que a música pode ser bonita, interessante, chata, estressante e outras qualificações medíocres. A única coisa que o garoto sabia sobre ritmo foi o pouco que seu jogo de fliperama preferido, a Pump it Up, lhe ensinou. Então houve uma grande reviravolta inesperada em sua vida. Quando sua mãe entrou para uma igreja batista acabou o convencendo a ir para lá também, e Thiago acabou gostando, principalmente, da música da igreja. Quando decidiu também se converter e se tornar membro participante da igreja, ele não sabia que eram oferecidas aulas de música no lugar. Mas foi aí que ele conheceu aquele que seria seu professor por um longo período: Marcus Vinicius Vianna, ministro de música e professor de piano da igreja. Tudo começou de um jeito bem singelo. A mãe de Thiago pediu que Marcus cedesse um horário para seu filho, onde eles pudessem conversar sobre o piano. Thiago acabou gostando de verdade do instrumento, e revelou ao professor que seu compositor preferido entre os clássicos era Ludwig van Beethoven. Uma semana depois, Thiago recebeu sua primeira música a ser estudada: um arranjo facilitado do conhecido Ode à Alegria, do famoso compositor alemão.
Um trajeto cheio de pedras
Thiago logo descobriu que o estudo do piano não ia ser tão fácil quanto ele esperava. Conforme as músicas iam se tornando cada vez mais difíceis, ele chegou mesmo a pensar em desistir da música. Quando seu professor soube disso, o incentivou a continuar de todas as formas que podia, e acabou convencendo o garoto a continuar. Dois meses depois, Marcus veio com mais uma novidade para o garoto: iriam iniciar uma classe de violino na igreja. De início, Thiago adorou a ideia. O método Suzuki, iniciado pela professora Silvia Klavin, foi um marco importante na vida musical do garoto, mas ele sentia que tinha algo errado. Entre mudanças de professores (de piano para Douglas Clemente e de volta a Marcus Vinicius Vianna e de violino para Andreia Carizzi) e dificuldades em tempo de estudo, o percurso foi ficando cada vez mais difícil. Mas podemos crer que esta é a ordem natural das coisas.
Um estudo dominical: o culto congregacional
Não demorou muito para que o ministro de música, Marcus Vinicius, percebesse que seria muito bom se a igreja contasse com mais um pianista dominical, visto que os atuais acabavam ficando sobrecarregados com tantos hinos e cânticos tocados semanalmente. E viu um grande potencial a ser desenvolvido em Thiago. Começou bem simples, com apenas um hino a ser tocado por ele, mas não demorou muito e ele já estava produzindo um culto especial usando apenas os hinos e cânticos já tocados pelo garoto. Daí a introduzir Thiago na escala dominical regular demorou um pouco, mas o garoto nunca desistiu e ainda hoje conta com seu nome na escala da igreja.
O nascimento de uma orquestra
Por ter sido o único aluno de violino a já tocar um instrumento antes do início das aulas, Thiago era um dos mais avançados alunos. Algum tempo de aula foi o bastante para o garoto começar a tentar tocar os hinos dominicais no violino por conta própria. Então, veio mais uma surpresa: unindo a classe de violinos com a classe de violoncelos da professora Ana Flávia Vianna, o ministro de música Marcus começou a escrever arranjos de fácil execução, a duas ou três vozes, para serem tocados pelos alunos. Estava dado o pontapé inicial para uma orquestra de cordas que, futuramente, contaria também com alguns instrumentos de sopro.
Arranjando músicas
Conforme os estudos musicais de Thiago iam se aprofundando, ele foi se familiarizando com o software de edição de partituras adotado por sua igreja, o Finale. E ele gostava de brincar com o programa, escrevendo divisões de vozes para os hinos que gostava. Certa vez, ele decidiu criar um arranjo para a orquestra da igreja. O ministro de música gostou da iniciativa, mas aquele primeiro arranjo nunca chegou a ser tocado. Cerca de um ano depois de criar o primeiro arranjo, já aos dezessete anos de idade, Thiago decidiu fazer arranjos com o intuito de formar, com seus colegas instrumentistas, um conjunto de cordas. O quinteto chegou a existir, mas por vários fatores contribuintes, se apresentou apenas uma vez no contexto de um culto dominical e se dispersou. Era formado de quatro violinos e um violoncelo, já que a igreja não dispunha ainda de outros instrumentos de cordas. Mas a paixão pelos arranjos não terminou junto com o quinteto. Thiago acabou sendo chamado para arranjar vários hinos e cânticos para a orquestra e chegou a transportar um dos arranjos do quinteto para a orquestra. Hoje, ele continua fazendo arranjos para os mais diversos instrumentos e nos mais diversos estilos, inclusive arranjando músicas de videogames para serem tocados por piano e órgão, uma vez por semestre, no recital de música da igreja. Seguem abaixo dois vídeos para ilustrar: os dois arranjos de "videogame music" que fiz até agora.
É que a viola fala alto no meu peito
Três anos depois de iniciar seus estudos com violino (e durante todo este tempo pensando que havia algo errado), Thiago decide largar o instrumento. Ao conversar com seu ministro de música, ele dizia ter vontade de estudar um instrumento de sopro. Mas Marcus o convenceu a estudar um outro instrumento, que acabaria se tornando no segundo instrumento do garoto: a viola. Thiago gostava do violino, sim, mas em suas regiões mais agudas, o instrumento acabava irritando e até machucando os ouvidos do rapaz. A solução veio através daquele instrumento mais grave e, em sua opinião, muito mais bonito de se ouvir.
A Universidade
Paralelamente a tudo isso, Marcus Vinicius buscava preparar Thiago e um de seus colegas violinistas, Leonardo Pinto, para o vestibular de licenciatura em música. Na primeira tentativa nenhum dos dois passou. Um ano depois, tendo Thiago dezoito anos, prestes a completar dezenove, Leonardo achou que era melhor esperar mais um ano para tentar o bacharelado em violino e aconteceu o melhor para Thiago: passara para a UFRJ. No ano seguinte, seu ensino de piano passaria para as habilidosas mãos da professora Ana Paula Alencar e ele deixaria a viola um pouco de lado, mas nunca a esquecendo. Paralelamente, Thiago foi convocado para dar aulas de piano e violino em igrejas e casas particulares. Hoje, no terceiro período de licenciatura, Thiago continua bravamente enfrentando os desafios que lhe vem pela frente, contando com toda sua bagagem musical para lhe ajudar e com novos amigos com quem contar. Abaixo segue um vídeo onde eu toco uma das músicas novas que aprendi com a professora Ana Paula.
Concluíndo
Espero que tenham gostado do texto e que ele tenha servido para vocês conhecerem um pouco sobre minha vida musical. Ah! E não esqueçam de contratar! Hehehehe... Gostou? Não? Deixe seu comentário e até a próxima! o/
muito bom saber um pouco mais sobre vc!! bjim
ResponderExcluirEssa história eu tb fui protagonista.
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